"Pacemaker" que reduz mais de 70% o risco de infecções
O novo”pacemaker” é "igual aos que se utilizam" normalmente no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), sendo que "a novidade" está numa "espécie de casulo" que envolve o dispositivo, e que liberta antibióticos, o que reduz "o risco de infecções", disse o director do Serviço de Cardiologia do centro hospitalar, Mariano Pego.
"É um avanço muito importante", considerou, referindo que as infecções após o implante do “pacemaker” são de difícil tratamento e que acarretam "despesas enormes", sendo necessário, por vezes, retirar o aparelho para se tratar a infecção.
Este novo dispositivo poderá ser utilizado, por agora, "em doentes com um sistema imunitário deficitário", em que os riscos de infecções são mais elevados, avançou Mariano Pego. "Não vamos implantá-lo em todos os doentes, porque é um dispositivo mais caro", acrescentou, afirmando, no entanto, que "isso seria o ideal".
Segundo o director do serviço, o CHUC é "o primeiro hospital público" em Portugal a usar este tipo de dispositivo.
De momento, o CHUC implanta entre 700 a 800 “pacemakers” por ano, informou Mariano Pego. Segundo a nota de imprensa, o "envelope anti-bacteriano ajuda ainda a estabilizar e a evitar migrações dos dispositivos médicos cardíacos implantáveis" e, após nove semanas, "o envelope é totalmente absorvido pelo corpo".