Ordem apela a médicos que apoiem populações
“Perante o cenário dramático dos incêndios que assola o Norte e Centro do país, a Ordem dos Médicos apela aos médicos para que se disponibilizem no apoio às populações vítimas dos incêndios nas regiões Norte e Centro do país”, escreve a Ordem num comunicado.
O bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, vincou que o apelo é dirigido a todos os médicos “para ajudarem no que for necessário”, disse.
“Apelo aos médios das regiões afetadas que se unam no sentido de colaborarmos juntos nesta missão complexa de solidariedade nacional”, acrescentou o bastonário.
Há cerca de quatro meses, na altura do fogo que matou 64 pessoas na zona de Pedrógão Grande, a Ordem lançou um apelo semelhante e centenas de médicos voluntariaram-se para ajudar as vítimas dos fogos.
Também hoje os dois sindicatos médicos já anunciaram que suspenderam a greve que estava marcada para a região Centro na quarta-feira.
As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram pelo menos 27 mortos e dezenas de feridos, além de terem obrigado a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas.
O primeiro-ministro, António Costa, anunciou que o Governo assinou um despacho de calamidade pública, abrangendo todos os distritos a norte do Tejo, para assegurar a mobilização de mais meios, principalmente a disponibilidade dos bombeiros no combate aos incêndios.
Portugal acionou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil e o protocolo com Marrocos, relativos à utilização de meios aéreos.
Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, no verão, um fogo que alastrou a outros municípios e que provocou 64 mortos e mais de 200 feridos.