Reitor da UPorto destaca

Oportunidades de financiamento europeu para a área da saúde

O reitor da Universidade do Porto, Sebastião Feyo de Azevedo, avaliou os tempos actuais como "muito difíceis" e de "limitações económicas", mas vincou a existência de oportunidades de financiamento dentro da estratégia europeia, dando destaque à saúde.

O reitor falava na sessão comemorativa dos 190 anos da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) depois de tanto a directora desta instituição, Maria Amélia Ferreira, como representantes dos funcionários e dos estudantes terem aludido a constrangimentos financeiros.

"É verdade que vivemos tempos muito difíceis de limitações económicas. Tempo em que mais que mais do que nunca temos de adoptar políticas de governação inclusiva, de partilha e de combate ao desperdício", disse Sebastião Feyo de Azevedo.

O reitor da UP referiu que o programa horizonte 2020 prevê um bolo financeiro de cerca de 80 mil milhões de euros, 10% dos quais associados aos problemas societais da área da saúde, considerando que esta é "a maior verba de sempre para promover a ciência na Europa".

"Estão criadas condições para que a FMUP possa dinamizar ainda mais as suas actividades de investigação. Faz todo o sentido que a FMUP procure aproveitar as oportunidades de financiamento que esta estratégia europeia encerra", defendeu.

O alargamento dos cuidados médicos à população, o reforço da sustentabilidade dos sistemas de saúde, a proteção dos cidadãos europeus contra ameaças sanitárias de regiões transfronteiriças, bem como a promoção do envelhecimento ativo e saudável foram algumas das áreas que o reitor da Universidade do Porto (UP) enumerou como "apostas dos 28 Estados membros da União Europeia".

Sobre a FMUP, Feyo de Azevedo referiu que a formação académica ministrada nesta faculdade apresenta uma "qualidade" que a "iguala" às principais congéneres europeias.

Dados avançados pelo reitor dão conta de que o Mestrado Integrado de Medicina da FMUP registou consecutivamente em sete anos a classificação mais elevada de entrada nos concursos de acesso ao ensino superior.

Ao que se soma o facto de nos últimos 14 anos a FMUP ter liderado por 13 vezes o ranking das faculdades com notas que oscilaram entre os 181,0 e os 187,5 valores.

"O Porto tem condições excepcionais para se constituir como um grande centro internacional de formação e investigação na área da saúde", apontou o reitor.

Por fim, Sebastião Feyo de Azevedo aproveitou a presença de representantes da autarquia do Porto para falar de um projecto na área museológica. No seu discurso, referiu que a UP quer "abrir ao público já em 2016 colecções permanentes e temporárias no edifício da reitoria e na Casa Andresen", tendo como meta "com o envolvimento da comunidade, constituir "um valioso contributo museológico que seja uma referência nacional".

Já à margem da cerimónia, Sebastião Feyo de Azevedo explicou que este projecto - ao qual chamou "Museu da Universidade do Porto" - se traduz numa "espécie de rede ou plataforma entre todas as faculdades".

"Há muito trabalho já feito mas está um bocadinho disperso. Queremos disponibilizar os espólios de forma organizada à sociedade", explicou dando como exemplo colecções das faculdades de Ciências, Medicina ou Belas Artes.

O reitor avançou, ainda, que a UP tem como objectivo criar um futuro Museu da Saúde, ideia que por ter, assegurou, "dimensão nacional" obrigaria a captar apoios externos. "Se o projecto for de qualidade, vamos conseguir", concluiu.

Fonte: 
LUSA
Nota: 
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