O direito à saúde é um direito do qual muitos portugueses não têm consciência
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No dia Internacional dos Direitos Humanos, a Sociedade Portuguesa de Cardiologia, alerta para a necessidade de o SNS se assumir como uma plataforma capaz de impedir que motivos financeiros impeçam o acesso e usufruto de cuidados de Saúde de qualidade a uma camada importante de Portugueses.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em Paris, a 10 de dezembro de 1948 com o intuito de estabelecer uma norma comum a ser alcançada por todas as nações. Em Portugal, esta declaração está vertida no artigo 64º da Constituição que indica que “todos têm direito à proteção da saúde e o dever de a defender e promover”.
A campanha “Eu Amo Viver” da Sociedade Portuguesa de Cardiologia foi desenvolvida com o intuito de dotar os Portugueses de informação segura e certificada sobre doenças cardiovasculares e de estratégias de prevenção. Através de iniciativas como esta, a Sociedade Portuguesa de Cardiologia pretende promover o desenvolvimento da Cardiologia ao serviço da saúde da população Portuguesa.
O lançamento de campanhas de literacia em Saúde permite que os cidadãos tomem conhecimento da informação médica disponível e que integrem este conhecimento científico no seu quotidiano, independentemente do seu estrato social ou das suas capacidades económicas. Esta é, também, uma forma de responsabilizar cada cidadão individual pela conservação e melhoria do seu estado de Saúde.
Nas palavras do Presidente da Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC), Dr. Miguel Mendes, "devemos pugnar para que todos os Portugueses tenham acesso a cuidados de Saúde de qualidade dentro do seu SNS. Os Portugueses devem ter consciência de que a Saúde é um bem precioso e que devem adotar do boas práticas de Medicina Preventiva e aumentar a sua literacia em Saúde".