Dia Mundial do Doente

“O dia do doente é todos os dias”

Atualizado: 
11/02/2017 - 14:12
No Dia Mundial do Doente, a especialista em Medicina Interna, Ana Pedroso, relembra os direitos daqueles que carecem de cuidados de saúde.

Hoje celebra-se mais um dia Mundial, desta vez do Doente. Aquele que todos nós podemos ser a qualquer momento, o que faz deste dia, um dia de todos nós.

A ideia desta celebração veio do Papa João Paulo II, que iniciou esta celebração em 1992. Nessa altura, relembrou que este é “um momento forte de oração, de partilha, de oferta do sofrimento pelo bem da Igreja e de apelo dirigido a todos para reconhecerem na face do irmão enfermo a Santa Face de Cristo que, sofrendo, morrendo e ressuscitando, operou a salvação da humanidade”.

É assim, um dia católico, celebrado em Portugal através da celebração de missas e outro tipo de acções para sensibilizar a população para as necessidades deste grupo especial.

No ano passado o Papa Francisco relembrou a importância do cuidador acrescentando que este dia é “Onde a experiência da doença e da tribulação, bem como a ajuda profissional e fraterna contribuem para superar qualquer barreira e divisão”.

Para mim, como médica, o dia do doente é todos os dias, já que dedico os meus dias aos doentes e para com a doença. Não esqueço e tento sempre dignificar o doente, que embora deitado numa maca não perde direitos.

Este dia serve também para relembrar os direitos dos doentes:

-Direito à saúde sem discriminação;

-Direito a receber cuidados apropriados ao seu estado de saúde: preventivos, curativos, de reabilitação ou terminais;

- Direito à dignidade e a uma atitude apropriada por parte dos prestadores de cuidados de saúde;

- Direito à privacidade na prestação de todos os actos clínicos;

- Direito ao sigilo e à protecção da vida privada;

- Direito à livre escolha dos prestadores de cuidados de saúde;

- Direito à segunda opinião;

- Direito à informação sobre o estado de saúde, prognóstico, alternativas de tratamento e custos aproximados;

- Direito a um relatório que reflicta pormenorizadamente o seu estado de saúde;

- Direito ao consentimento;

- Direito à recusa de cuidados ou tratamentos;

- Direito a receber cuidados continuados;

- Direito ao respeito pelo tempo do doente;

- Direito a não sofrer dor ou sofrimento desnecessários;

- Direito à segurança e compensação;

- Direito a apresentar sugestões, queixas e reclamações.

Serão estes direitos respeitados ou temos muito ainda que trabalhar em sociedade para os concretizar?

 

Autor: 
Dra. Ana Isabel Pedroso - Especialista em Medicina Interna Hospital de Cascais
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
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