Novo teste revela em minutos contaminação pelo ébola
Os investigadores compararam este teste, feito com uma picada no dedo do paciente, com o método tradicional de extrair uma amostra de plasma e enviá-la para o laboratório, e concluíram que o novo teste é mais rápido e sensível para diagnosticar se uma pessoa tem o vírus.
O teste, denominado “Rapid Diagnostic Test” (Teste de diagnóstico rápido ou RDT), permitirá reduzir o tempo de espera que normalmente é necessário para confirmar se um paciente sofre de ébola, identificar possíveis contágios e, por último, conter a expansão do vírus.
Neste estudo, 106 pacientes suspeitos de terem sido infetados pelo ébola foram admitidos em Fevereiro num centro de diagnóstico da Serra Leoa, onde foram testados com o novo método e pelo sistema de recolha tradicional.
Os pesquisadores compararam as duas e descobriram que o novo teste oferece resultados mais precisos num espaço mais curto de tempo.
A diretora associada do Laboratório de Diagnóstico de Doenças Infeciosas do Hospital Infantil de Boston (EUA), Nira Pollock, assinalou que “em algumas ocasiões os resultados de laboratório demoram muitos dias a saírem”.
“Atrasos como este não só provocam erros de diagnóstico e de tratamento, mas faz com que pacientes que não foram infetados entrem em unidades de tratamento onde podem se contaminar”, destacou Pollock.
Além disso, a especialista em infeção do Hospital Infantil de Boston ressaltou que “este novo teste é capaz de detetar o vírus do ébola em amostras como uma pequena gota de sangue na roupa de cama, e pode ajudar na luta contra o vírus”.
De acordo com a co-autora do estudo e médica na organização sem fins lucrativos Partners in Health, de Boston, Jana Broadhurst, “este teste pode ter um impacto imediato no cuidado dos pacientes e no controlo das infeções”.