Novo contraceptivo será vendido a um dólar em 69 países pobres
O projecto amplia assim um programa piloto aplicado em alguns países africanos, onde se distribui aos organismos de ajuda sanitária o Sayana Press, um contraceptivo de dose única cuja eficácia dura pelo menos três meses e que é aplicado através de uma injecção descartável.
"A realidade é que hoje, 200 milhões de mulheres no mundo querem evitar ou programar a gravidez, mas não têm meios para fazê-lo", explicou Chris Elias, médico da Fundação Bill e Melinda Gates, cita a agência France Presse."Podemos garantir que este produto estará disponível nos países mais pobres a um dólar a dose", acrescentou.
Como eventuais efeitos colaterais, o laboratório Pfizer, que produz o medicamento, menciona, entre outros, a perda de densidade óssea.
O Sayana Press já está disponível no Bangladesh, Burkina Faso, Quénia, Níger, Nigéria, Senegal e Uganda.
Segundo o último relatório da organização Family Planning 2020, a quantidade de mulheres com acesso a métodos contraceptivos nestes 69 países aumentou em 8,4 milhões de pessoas em comparação com 2012.O planeamento familiar - informação, contracepção e saúde - permitiria evitar 100 mil mortes de mulheres por ano durante e depois do parto.
Esta é a principal causa de morte entre jovens de 15 a 19 anos nos países pobres, segundo a organização Save the Children.