Musculação reduz risco de diabetes em mulheres
Levantar pesos, fazer flexões ou exercícios similares de resistência muscular foram relacionados a um risco mais baixo de diabetes, concluíram os cientistas.
No que diz respeito especificamente à diabetes, os benefícios da musculação superaram a dos exercícios aeróbicos.
Mulheres que fazem pelo menos 150 minutos por semana de exercícios aeróbicos e pelo menos uma hora também por semana de musculação tiveram a redução mais significativa (no risco de diabetes), se comparada com mulheres sedentárias. Elas reduziram em um terço as probabilidades de desenvolverem diabetes 2.
Especialistas já sabiam que a prática de exercícios aeróbicos regularmente - tais como corrida ou natação - ajuda na diminuição do risco de se desenvolver esse tipo de diabetes.
O estudo de Harvard sugere, no entanto, que musculação e exercícios de resistência sejam adicionados à rotina para garantir uma maior protecção.
Os pesquisadores afirmaram que o estudo não é perfeito - entrevistaram apenas enfermeiras, na sua maioria de etnia caucasiana, e levaram em conta apenas os dados que as mulheres transmitiam, sem poder verificá-los.
No entanto, eles disseram que os resultados são compatíveis com outras pesquisas que analisaram essas questões em grupos de homens.
Eles acreditam que uma massa muscular mais desenvolvida funciona como um “amortecedor” contra a diabetes.
Isso porque a diabetes tipo 2 desenvolve-se quando células que produzem insulina passam a funcionar mal ou quando a insulina produzida não age como deveria.
A insulina permite ao corpo usar o açúcar como energia e armazenar qualquer excesso nos músculos e no fígado. Assim, o excesso de peso pode aumentar o risco de uma pessoa em desenvolver a doença.
De acordo com o instituto britânico Diabetes UK, se estiver com excesso de peso, a cada quilo perdido reduz o risco de ter esse tipo de diabetes em 15%.
“Apesar das limitações envolvidas, a pesquisa destaca a mensagem de que ter um estilo de vida saudável e activo pode ajudar a reduzir o risco de se ter diabetes 2”, disse o médico Richard Elliot, porta-voz do instituto.