Em Moçambique

Missão humanitária do Centro de Cirurgia Cardiotorácica de Coimbra

O Centro de Cirurgia Cardiotorácica do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra realizou mais uma “missão cirúrgica humanitária” em Moçambique, onde “prosseguiu a formação de pessoal clínico” e efectuou 18 intervenções cirúrgicas.

Para a missão, que foi a 14.ª missão anual do Centro de Cirurgia Cardiotorácica de Coimbra (CCC) no Instituto do Coração de Maputo, deslocou-se a Moçambique, durante uma semana, uma “equipa constituída por nove profissionais de saúde”, liderada pelo director daquele centro, Manuel Antunes.

A equipa de especialistas de Coimbra “desenvolveu diversificadas actividades cirúrgicas e prosseguiu a formação do pessoal clínico pertencente” ao instituto moçambicano, “integrando os quadros cirúrgicos locais nos actos operatórios e com eles repartindo experiências e saberes técnico-científicos”, refere uma nota do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC).

“Neste aspecto, trabalharam, a par com o pessoal da missão, dois cirurgiões, um anestesista e um técnico de perfusão moçambicanos, sempre coadjuvados pelo demais pessoal do Instituto do Coração”, acrescenta o CHUC.

Durante a missão foram realizadas, “em duas salas operatórias, 18 intervenções cirúrgicas em 18 doentes”, tendo sido, “à semelhança das missões anteriores”, a maior parte das cirurgias efectuada em 16 crianças e doentes jovens, “com valvulopatias reumáticas, com maior incidência da válvula mitral, tendo dois dos doentes agora operados sido previamente submetidos a intervenção cirúrgica cardíaca”.

Aquelas intervenções abrangeram “quatro crianças com idades inferiores a três anos, com cardiopatias congénitas”, sublinha o CHUC, referindo ainda que “todos os doentes tiveram pós-operatórios favoráveis, não se tendo registado qualquer caso de mortalidade ou morbilidade significativa”.

Com esta missão, “as equipas do Centro de Cirurgia Cardiotorácica do CHUC já realizaram no Instituto do Coração de Maputo, desde 2001, 287 intervenções cirúrgicas, das quais 264 se fizeram sob circulação extracorpórea, com uma mortalidade operatória inferior a 1%”, conclui a mesma nota, salientando que esta percentagem é “idêntica à registada” no Centro de Coimbra.

O projeto exigiu, “em precedência de vários meses, um planeamento para angariação de material e equipamento necessários às previsíveis intervenções cirúrgicas, em tempo transportado para Maputo por via marítima, estimando-se que o custo global da missão, incluindo equipamento e consumíveis doados, terá sido de cerca de 90 mil euros”.

Colaboraram com o Centro de Cirurgia Cardiotorácica do CHUC, para esta missão, a TAP Portugal, o grupo Visabeira, várias empresas de tecnologia e o Instituto Camões, entre outras entidades.

Fonte: 
LUSA
Nota: 
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