No Porto

Misericórdia propõe projeto-piloto de comissão de proteção de idosos

O provedor da Santa Casa da Misericórdia do Porto, António Tavares, propôs o projeto-piloto de uma comissão de proteção de idosos na cidade, estando a autarquia disponível para tal.

Durante a cerimónia de inauguração das novas instalações da Santa Casa da Misericórdia do Porto, António Tavares chamou a atenção, dirigindo-se ao primeiro-ministro, António Costa, para a “necessidade de se criarem condições legislativas para a existência, a exemplo das comissões de proteção de menores, de comissões de proteção de idosos”, disponibilizando-se assim para trabalhar com a Câmara Municipal do Porto nesse sentido.

Por seu lado, o vereador da Câmara Municipal com o pelouro da Ação Social, Manuel Pizarro, mostrou a “completa disponibilidade” da autarquia para um projeto desse tipo, dizendo-se certo de que “num período relativamente breve, num contexto daquilo que é a afirmação do Porto como cidade amiga das pessoas idosas haverá o desenvolvimento de projetos, nomeadamente com a Santa Casa da Misericórdia, nesse sentido”.

“Uma das prioridades da rede social é o reconhecimento que o aumento da longevidade - que é em si mesmo uma coisa boa - transporta novos problemas. Vivemos numa cidade onde há dezenas de milhares de pessoas com mais de 65 anos que vivem sós e reconhecemos que é necessário desenvolver programas especiais para que essas pessoas se sintam mais seguras”, declarou o vereador socialista.

António Tavares realçou que a Santa Casa da Misericórdia do Porto está disponível “para ajudar no debate que é inverter o paradigma do envelhecimento em Portugal”, dando prioridade a um “modelo de envelhecimento ativo com um novo tipo de serviço de apoio domiciliário onde se possa introduzir tecnologia, acrescentar serviços de saúde, com enfermeiro e médico em casa e se aumente o apoio aos cuidadores informais e às famílias”.

Ainda em declarações dirigidas ao primeiro-ministro, o provedor da Misericórdia do Porto propôs-se a ajudar o Governo no sentido de “produzir o voto em braille ou de dupla leitura”.

Fonte: 
LUSA
Nota: 
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