Serviços domiciliários

Misericórdia do Porto disponível para avançar com novos apoios a idosos

A Misericórdia do Porto está disponível para, em parceria com o governo, avançar com um projeto que visa "o apoio a idosos com mais de 65 anos, criando uma nova geração de prestação de serviços domiciliários".

A revelação foi feita pelo provedor da Santa Casa da Misericórdia do Porto (SCMP), António Tavares, que explicou inserir-se esta iniciativa no recentemente apresentado Programa Nacional para as Reformas, "que prevê o reforço da rede nacional dos cuidados continuados e na prestação de serviço de apoio domiciliário aos idosos".

O projeto irá associar-se a outro já em curso da responsabilidade da SCMP, denominado Chave de Afetos, de componente tecnológica, permitindo ao beneficiar dispor " de uma série de serviços sem ter de sair de casa".

"Neste âmbito, aos idosos seria fornecida alimentação, roupa, os cuidados com a mesma bem como da habitação e, dessa forma, evoluir-se para o retardamento da sua institucionalização e para uma nova geração no apoio domiciliário, acrescentando-lhe a componente de saúde, com o serviço de enfermagem e médico", descreveu António Tavares.

Como componente desse esforço de resposta ao desafio lançado pelo governo, a Santa Casa propõe disponibilizar o Centro de Dia para Doentes de Alzheimer e a unidade de cuidados continuados de saúde mental, única no país, do hospital Conde Ferreira, para fazer o acompanhamento nas mais variadas situações.

"Com isto, evita-se que tenham de fazer deslocações consecutivas para receberem tratamento e adia-se o mais possível a sua institucionalização", reforçou o provedor da Santa Casa revelando "estarem disponíveis para aumentar o número de camas em mais 50 ou 100 nos cuidados continuados".

"Temos essa disponibilidade quer para a saúde mental quer noutras variáveis caso a Área Metropolitana do Porto tenha essa dificuldade para suprir, respondendo desta forma ao apelo do senhor ministro", sublinhou.

Alertando para o facto de "muitas destas pessoas irem precisar do apoio do governo através da contratualização, e isso está previsto", António Tavares espera, por isso, "poder vir a contar com a ARS e com a Segurança Social nestes projetos".

"No fundo, trata-se de um ‘upgrade' nestes serviços, reunindo-se a componente social e médica, para não falar do voluntariado, cuja importância no apoio que presta é bem conhecida", considerou o provedor para quem, através desta solução "irá reduzir-se o consumo de medicamentos, das depressões e dos casos de solidão".

Fonte: 
LUSA
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Foto: 
ShutterStock