Miomas uterinos afectam mais de 2 milhões
Assintomáticos na maioria dos casos, os miomas uterinos afectam dois milhões de portuguesas. É o tumor benigno mais comum no aparelho genital feminino. A dimensão e localização são determinantes para conservar o útero e engravidar, razão pela qual a miomectomia é, no limite, o tratamento indicado, escreve o Correio da Manhã Online.
Com os avanços da medicina, actualmente é possível remover o mioma, sem cortes, com menor risco de infecção e uma recuperação mais rápida e menos dolorosa. A laparoscopia é uma técnica com claros benefícios.
“A laparoscopia permite-nos ver. No meu grupo de cirurgia, todas as patologias da mulher são tratadas por laparoscopia, desde a mais complexa, que é a endometriose, até à extracção do útero. Em geral, dependendo do tipo de mioma e da localização, após cerca de seis a oito semanas a mulher pode tentar a gravidez”, explica António Setúbal, director do Departamento de Ginecologia e de cirurgia minimamente invasiva do Hospital da Luz, em Lisboa.
Cerca de 10 dias depois da cirurgia, acrescenta o especialista, as doentes podem voltar à sua ocupação profissional sem dores e com a certeza de que a sua fertilidade não foi comprometida.