Relatório apresentado por peritos

Ministro da Saúde disposto a debater Conselho Nacional de Saúde

O ministro da Saúde afirmou-se sensível e disposto a debater a criação de um Conselho Nacional de Saúde, proposta de um relatório sobre o futuro da Saúde em Portugal, patrocinado pela Fundação Calouste Gulbenkian.

O relatório, feito por uma comissão de peritos, foi apresentado na Fundação Gulbenkian e nele sugere-se a criação de um Conselho Nacional de Saúde, que tutele um “pacto para a saúde” e que seja representativo dos cidadãos e de todos os sectores da sociedade.

“É relevante e importa discutir”, disse o ministro no final da apresentação do relatório, uma cerimónia durante a qual o presidente da Gulbenkian, Artur Santos Silva, apresentou como desafios para a própria instituição, nos próximos anos, a redução da diabetes, a diminuição das infecções hospitalares e uma melhor saúde para as crianças.

“São desafios cujo combate já começamos”, respondeu o ministro Paulo Macedo, acrescentando que com o contributo da Gulbenkian haverá “dados mais positivos”.

Afirmando que o relatório soube juntar ambição e humildade, o ministro salientou ainda que o documento elogia o Serviço Nacional de Saúde (SNS), que convoca um “pacto para a saúde”, e que é ambicioso e que merece reflexão.

Sobre o SNS o governante disse que o serviço é hoje “uma marca” e que assume como desafio torna-lo mais “transparente”, o que exige uma contínua prestação de contas aos utentes no sentido de informar como são gastos os recursos e como se transformam em ganhos os investimentos que são feitos na saúde.

De resto disse que o Ministério acompanha as conclusões sobre as doenças crónicas, sobre as quais se preconiza no relatório “a melhoria das condições para a gestão” dessas doenças, tendo como alvo “5,5 milhões de pessoas que padecem de uma ou mais patologias crónicas”.

 

Ministro reafirma necessidade de grande consenso

O ministro da Saúde reafirmou a necessidade de um consenso alargado em Portugal, nomeadamente político, para preparar um serviço nacional de saúde a longo prazo, como preconiza o documento.

Após a apresentação do relatório, na Fundação Gulbenkian, o ministro salientou a novidade de haver pela primeira vez em Portugal um estudo para um horizonte temporal para 25 anos, no qual se diz que se pode construir o futuro partindo do SNS.

Paulo Macedo disse que é necessário um consenso político, “porque só assim é possível estar numa área que os portugueses consideram fundamental num horizonte de grande prazo”, disse acrescentando que o documento apresentado é “uma boa base”.

“Penso que em teoria há acordo nesta área, a questão é de como é que se materializa e os timings, mas é nossa obrigação e do Governo procurar esse consenso”, disse o ministro.

Fonte: 
LUSA
Nota: 
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