Mercado angolano abastecido com medicamentos contrafeitos
Devido à situação actual, José Van-Dúnem referiu que as autoridades estão a reforçar as medidas para acabar com a situação, a melhoria da inspecção e de controlo da entrada de medicamentos nas fronteiras.
"É evidente que um país com a fronteira como a nossa tem sempre possibilidades de ter muitos medicamentos que passam nas bolsas, nos carros, mas não é aquela contrafacção maciça que vem através dos portos, dos aeroportos", explicou o ministro.
José Van-Dúnem destacou também que "há um grande esforço nacional para criar as condições para diminuir a possibilidade de contrafacção".
A abertura em Luanda de um novo centro de distribuição de medicamentos vai, segundo o ministro, ajudar a melhorar a compra de medicamentos, bem como a sua gestão.
"Por exemplo, há situações em que não temos medicamento em Catabola, mas temos no Chinguar, cujos prazos estão quase a caducar porque não foram usados", apontou, acrescentando que uma informação centralizada ajuda a uma melhor gestão.
O governante angolano acrescentou que a "gestão global dos medicamentos que já fazia sentido que se realizasse, mas que neste momento, em que há menos recursos, faz ainda mais sentido e torna oportuna a inauguração daquela estrutura".
Por sua vez, Sílvio Samuel, Presidente do Conselho de Administração do grupo SILISA, proprietário do centro, disse que até ao momento todos os medicamentos são importados de Portugal.
"Temos como única proveniência Portugal, de princípio, não pensamos mandar vir de outra origem, porque achamos que Portugal é o local com medicamentos mais seguros. Temos acordos com vários laboratórios. Neste momento, o nosso objectivo é comprar melhor para conseguir vender melhor cá", concluiu o ministro.