Mais de 70 pessoas

Marcha em protesto contra medidas do Governo na Saúde

Mais de 70 pessoas realizaram uma marcha de protesto, do Hospital Curry Cabral até ao Ministério da Saúde, em Lisboa, contra as medidas do Governo na área e em defesa do Serviço Nacional de Saúde.

A acção, promovida pela Plataforma Lisboa Em Defesa do Serviço Nacional de Saúde, começou com uma concentração em frente ao Hospital Curry Cabral, passava pouco das 17:00. Daí, os manifestantes, entre profissionais de saúde e utentes, marcharam durante cerca de 30 minutos até à porta do Ministério da Saúde.

Durante a marcha, de cerca de um quilómetro, os manifestantes pediram a demissão do ministro da Saúde, Paulo Macedo, e asseguraram que vão continuar a lutar em defesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

"A política do Governo mata!" e "Direito à saúde e igualdade" eram algumas das inscrições que constavam dos cartazes levados por utentes.

Maria Rosa Carvalho, utente em Queluz, juntou-se ao protesto por considerar que o estado em que se encontra o Serviço Nacional de Saúde é chocante.

"Nos hospitais é o que se vê, com pessoas horas e horas à espera de serem atendidas, os médicos a trabalhar horas e horas de forma indecente, bem como os enfermeiros. Peço a Deus e a todos os santinhos que não me aconteça nada para que não tenha de ir parar ao hospital", disse.

Também José Guerreiro não quis faltar ao protesto por "haver pessoas a morrer nas urgências".

"Eu não consigo perceber como se chegou a este estado. O dinheiro não ardeu nem foi pelo rio abaixo. Então o que fizeram ao dinheiro? Este ministro é um sonsinho e não presta para nada. Já se devia ter ido embora há muito tempo", afirmou.

A porta-voz da Plataforma Lisboa Em Defesa do Serviço Nacional de Saúde, Ana Amaral, disse que o objectivo deste protesto é "novamente dizer ao senhor ministro que as políticas que têm sido desenvolvidas neste últimos anos estão a criar cada vez mais situações difíceis, quer para utentes, quer para trabalhadores do SNS".

A representante acrescentou que a "situação caótica" que se tem verificado nas urgências dos hospitais é "responsabilidade do desinvestimento na Saúde e das políticas do Governo".

Para Célia Portela, da União dos Sindicatos de Lisboa, que integra também a Plataforma, "a falta de profissionais de saúde está a levar à exaustão de outros profissionais, que não têm condições de trabalho dignas".

Da Plataforma Lisboa Em Defesa do Serviço Nacional de Saúde, criada contra o encerramento da Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa, fazem ainda parte representantes da Comissão de Utentes da cidade de Lisboa, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, o Movimento Democrático das Mulheres, o Inter-Reformados (CGTP-IN), o Movimento de Utentes dos Serviços Públicos, o Sindicato dos Médicos da Zona Sul e a União dos Sindicatos de Lisboa.

Fonte: 
LUSA
Nota: 
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