Mais doentes pedem a médicos para não receitarem medicamentos
“Muitos doentes transmitem aos profissionais dificuldades financeiras para continuar terapêuticas ou para consumir medicamentos”, revela o investigador Tiago Correia à TSF, acrescentando que esta realidade “é tanto sentida no Serviço Nacional de Saúde como no setor privado”.
As conclusões resultam de um estudo levado a cabo pelo ISCTE que tem em conta os últimos anos de ajustamento sob supervisão da troika.
Desde 2011, altura em que a entidade que representa credores ‘assentou arraiais’ em Portugal, verificou-se um aumentou tanto no número de doentes que faltam a consultas marcadas como no número de pessoas que, alegando dificuldades financeiras, pediram a médicos para evitar a prescrição de determinados medicamentos.
À TSF, citada pelo Notícias ao Minuto, Tiago Correia adianta ainda que o estudo, que envolveu inquérito a médicos, realça a existência de queixas de profissionais de saúde por faltas “recorrentes” de material de saúde mas também de pressões sobre os profissionais de saúde, com o intuito de se gastar “menos com os doentes".