Mais de milhão e meio de adultos portugueses sofrem de perturbações
De acordo com um Estudo Nacional sobre Saúde Mental, realizado em 2010, Portugal é o país da Europa com maior prevalência de doenças mentais na população. Dados revelados na data em que se assinala o Dia Mundial da Saúde Mental.
Segundo o mesmo estudo, em 2009, 1 em cada 5 portugueses terá sofrido de uma doença psiquiátrica (23% da população) e quase metade (43%) já teve uma perturbação mental. Ou seja, quase metade da população portuguesa (43%) já teve uma perturbação mental, colocando Portugal como o país da Europa com maior prevalência de doenças mentais. No entanto, apenas 1,7% procura ajuda nos serviços públicos de saúde mental.
Existem em Portugal aproximadamente 1,557,054 de pessoas que sofrem de doença mental (16,07% da população adulta entre os 18 e os 65 anos). E, destes, 528.122 (5,09% dos portugueses) sofrem de uma perturbação afectiva incluindo a depressão, 981.766 (9,46%) sofrem de perturbações da ansiedade e 54.166 (0,52%) são vítimas de perturbações psicóticas.
Em 2011, de acordo com a Sociedade Portuguesa de Suicídologia, a taxa de suicídio por 100 mil habitantes foi de 9,6 (15,5 para os homens e 4,1 para as mulheres). De acordo com o Instituto Nacional de Estatística, em 2010, os anos potenciais de vida perdidos devidos ao suicídio, correspondiam a 15.160 e as mortes por suicídio foram mais elevadas do que as mortes provocadas por acidentes rodoviários.
Neste quadro, urge reduzir custos com a intervenção psicológica, pois a despesa total com a saúde mental significa menos do que 3,5% do orçamento geral para a saúde e corresponde a 0,3% do PIB, embora possa custar ao Estado Português quatro vezes mais. Com base no que acontece em outros países, pode estimar-se que os problemas de saúde mental em Portugal resultem em custos substanciais – e a expectativa é a de que continuem a aumentar.