Estudo

Mais de metade da população da Covilhã é hipertensa

Um estudo desenvolvido pelo Politécnico de Castelo Branco concluiu que a prevalência de hipertensão arterial na população adulta da Covilhã é de 56%, sendo ligeiramente superior nos homens do que nas mulheres.

O Programa de Pressão Arterial da Beira Baixa (PPABB), que envolveu 1.045 indivíduos, com idades entre os 18 e os 99 anos, tem como objetivo determinar a prevalência de hipertensão arterial e hipotensão ortostática na região da Beira Baixa.

"O estudo concluiu que a prevalência de hipertensão arterial na população adulta do concelho da Covilhã é de 56,0%, sendo ligeiramente superior no género masculino (58,3%) quando comparada ao género feminino (54,1%)", refere um comunicado do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB).

O PPABB encontra-se integrado na Unidade de Investigação QRural (Qualidade de Vida no Mundo Rural), unidade recém-criada no IPCB, cuja coordenação está a cargo da docente da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias (ESALD), Patrícia Coelho.

O estudo mostrou ainda que 43,3% da população inquirida apresenta hipertensão arterial não controlada, valores estes que assumem "dimensões preocupantes".

A par destes resultados, foi ainda possível perceber que os fatores de risco mais comuns na população adulta do concelho da Covilhã são a obesidade e o sedentarismo.

Foi ainda estudado a prevalência de hipotensão ortostática, forma de pressão arterial baixa que acontece quando a pessoa se põe de pé a partir da posição sentada ou deitada.

Segundo o estudo, os valores obtidos revelam-se "preocupantes", sendo que a prevalência foi de 10,5%.

"Permite concluir que tanto a hipertensão arterial como a hipotensão ortostática apresentam elevadas prevalências no concelho da Covilhã", lê-se na nota.

Face aos resultados obtidos, o estudo recomenda a realização de campanhas de prevenção primária de alerta e consciencialização da população aos problemas que poderão advir desta patologia de forma a minimizar a incidência de hipertensão arterial, aumentar o seu controlo e tratamento e diminuir os fatores de risco modificáveis mais prevalentes nesta população.

 

Fonte: 
LUSA
Nota: 
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