Unidade de Felicidade

Mais de 2.000 crianças aprenderam a ser mais felizes na "Casa dos Sonhos"

Alegria, autoestima e coragem são alguns dos “medicamentos” dados na Unidade de Felicidade para ajudar crianças, jovens e idosos fragilizados a terem uma vida mais feliz.

Deste então já capacitou 2.400 pessoas para terem uma melhor qualidade de vida, através de um modelo de intervenção terapêutica assente em quatro pilares: autoestima, gestão das emoções, comunicação positiva e a aceitação da mudança.

“Estes quatro pilares trabalham-se com o objetivo de fornecer ferramentas e proporcionar ao nosso público de missão uma vida mais feliz, independentemente das suas circunstâncias e limitações emocionais ou físicas”, disse a coordenadora da Unidade de Felicidade (UCIF), Ângela Rodrigues.

Ângela Rodrigues contou que a unidade da felicidade foi criada pela Terra dos Sonhos, com base em investigações em psicologia e neurologia, para prolongar a felicidade gerada pela concretização de sonhos.

“Percebemos que a realização dos sonhos tinha muito impacto, mas que esse impacto era a curto e a médio prazo”, disse Ângela Rodrigues.

Por isso, foi preciso “pensar em algo que tivesse impacto nas pessoas, mas a longo prazo, e assim nasceu a unidade de felicidade”, que funciona num edifício do século XVIII cedido pela Fundação D. Pedro IV.

Dois anos após a sua abertura, o balanço é “muito positivo”: “além do programa, conseguimos ter 93 formatos de felicidade e ajudar gratuitamente 2.400 pessoas”, disse a responsável.

Para este ano, os desafios são a revisão do modelo, a criação de “mais formatos de felicidade”, para responder às necessidades do público de missão, a formação de mais psicólogos e um rastreio para avaliar a saúde emocional dos portugueses e “passar a mensagem” que “é tão importante como a saúde física”.

Quem entra na “Casa dos Sonhos” encontra um espaço mágico, onde reinam as nuvens, as cores alegres, um trono e um “túnel altamente criativo (TAC)” que desafiam as crianças a sonhar e a viajar pelas emoções.

Um dos desafios passa pela criança entrar no TAC, um “túnel” decorado com pequenas nuvens com imagens e frases positivas, como “sou bonito”, “aprendo com a minha experiência” ou “sou capaz de tudo”.

Mas antes entrar no túnel, a criança tem de escrever numa pequena nuvem de papel uma tristeza, uma preocupação ou um medo que a atormenta, refletir sobre ele a guardá-lo numa caixinha.

A ideia - explicou Ângela Rodrigues - é que as crianças troquem o seu medo ou preocupação por um pensamento positivo.

As nuvens que caracterizam a Terra dos Sonhos e que ilustram as paredes da casa também constituem um desafio para as crianças e idosos que, com tudo escuro, são levados a passear por elas e a refletir “sobre pensamentos bons e maus”.

“Nem todos veem coisas bonitas, não podemos estar aqui a romancear”, disse a coordenadora.

O trono branco também assume um papel de destaque na casa. Nele, as crianças falam de si e dos seus receios.

“Na gestão de emoções fala-se muito dos medos, muitos deles não se acham bonitos, competentes ou capazes” e o nosso objetivo é trabalham a sua autoestima, explicou.

No final, as crianças e os jovens descobrem o “segredo da felicidade” que está bem guardado numa “caixa dourada”: Um espelho onde se veem refletidos e descobrem que a felicidade está neles.

Fonte: 
LUSA
Nota: 
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