Maior risco de morte prematura para europeus expostos a longo prazo à poluição
Publicado na revista The Lancet, o estudo aponta o dedo às finas partículas de fuligem e à poeira, emissões que também estão a preocupar autoridades sanitárias em alguns países asiáticos, nomeadamente a China.
Cientistas liderados por Rob Beelen, da Universidade de Utrecht, na Holanda, observaram 22 estudos publicados que monitorizaram 367 mil pessoas em 13 países da Europa ocidental.
Os indivíduos, recrutados para os estudos nos anos 90, foram acompanhados ao longo de 14 anos. Durante esse período 29 mil morreram.
A equipa de Rob Beelen procurou no estudo obter leituras da poluição de tráfego entre 2008 e 2011.
A maior fonte de preocupação são as PM2.5, ou seja, partículas que medem menos de 2,5 mícrons (2,5 milionésimos de metro) e que podem causar problemas respiratórios e passar para a corrente sanguínea.
O estudo revelou que o risco de morte precoce subiu 7% em cada aumento de cinco microgramas de PM2.5 por metro cúbico.
"A diferença de cinco microgramas pode ser encontrada entre a uma estrada urbana ocupada e uma rua sossegada", explicou Rob Beelen.
As normas da União Europeia estabelecem valores máximos de exposição ao PM2.5 de 25 microgramas por metro cúbico.