OMS diz

Maior crise humanitária de em saúde afecta 60 milhões de pessoas

A Organização Mundial de Saúde afirmou que mais de 60 milhões de pessoas necessitam “urgentemente de uma ampla gama de serviços de saúde”, o que representa a maior crise humanitária na história da agência.

De acordo com uma nota divulgada na página da Internet, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que, juntamente com parceiros de saúde, está a responder, simultaneamente e pela primeira vez, a cinco crises humanitárias do “Nível 3”.

“Estamos a lidar com um número sem precedentes de múltiplas crises humanitárias de saúde ao mesmo tempo. Estas são mais complexas e afectam mais pessoas do que em qualquer momento desde o fim da Segunda Guerra Mundial”, disse o director-geral assistente para Pólio, Emergências e Colaboração de Países da OMS, Bruce Aylward.

A crise humanitária que atinge as mais de 60 milhões de pessoas vai desde o continente africano até ao Médio Oriente.

A agência refere que o surto de Ébola na África Ocidental e os conflitos no Sudão do Sul, bem como na República Centro Africano, Síria e Iraque obrigaram a OMS a “esticar até ao limite” a sua capacidade de resposta sanitária nestes países, mas, reconheceu, muito destes serviços “entraram em colapso”.

Dados da OMS indicam que pelo menos 22 milhões de pessoas estão em risco de ser infectadas com o vírus Ébola, que já causou 2.917 mortos em 6.263 casos na África ocidental, sobretudo na Guiné Conacri, Libéria e Serra Leoa.

O conflito no Iraque atingiu 20 milhões de pessoas, incluindo 1,8 milhões de deslocados internos.

A instabilidade na Síria atinge, por seu turno, 10,8 milhões de pessoas e forçou a que 6,5 milhões de cidadãos abandonassem as suas casas para outras regiões do país.

A OMS está também a prestar a assistência humanitária a 5,6 milhões de pessoas no Sudão do Sul, país criado em 2011, mas que, desde Dezembro último, regista um conflito que já provocou mais de um milhão de desalojados, dezenas de milhares de mortos e o aumento da tensão entre etnias.

A agência da ONU é igualmente responsável pelo auxílio a 2,5 milhões de pessoas na República Centro Africana, que, desde Dezembro de 2013 enfrenta situação de violência protagonizada por milícias muçulmanas, partidárias dos rebeldes do movimento Seleka, e cristãos denominados anti-Balaka.

 

Fonte: 
LUSA
Nota: 
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