Linha de emergência social recebeu 2.038 chamadas entre 18 e 22 de junho

"Pela abrangência nacional da linha, não tendo a mesma sido criada para esta situação específica [incêndios], não é possível determinar, das chamadas recebidas, quantas se destinavam a informações sobre os incêndios", explicou hoje, por escrito, o Instituto da Segurança Social.
Em resposta às questões colocadas, é explicado que durante os dias 18 e 22 de junho foi reforçada a Linha Nacional de Emergência Social (LNES), através do número 144, gratuito, sendo que esta linha está em funcionamento para todo o território nacional, 24 horas por dia, durante todo o ano, para sinalização de situações de emergência social.
Contudo, adianta que durante os dias 18 e 22 de junho foram efetuadas um total de 2.038 chamadas, 659 das quais feitas logo no dia 18, o dia a seguir ao começo do incêndio em Góis e Pedrógão Grande, este último que provocou 64 mortos e mais de 200 feridos.
O Instituto da Segurança Social sublinha ainda que desde o dia 26 de junho que está em funcionamento um número de telefone específico (300 518 003) para atendimento e acompanhamento das populações afetadas pelos incêndios, sem precisar o número de chamadas que foram efetuadas através deste número.
"Também, desde esse dia [26], o apoio da segurança social está a ser assegurado por equipas de ação social nos Serviços Locais de Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos e Pedrógão Grande, pelo que as equipas de atendimento serão reforçadas em número, por forma a garantir o acompanhamento regular com cada família vitima dos incêndios", lê-se no documento.
É ainda explicado que no decurso do plano de emergência decretado, a Segurança Social, no âmbito do apoio social às vítimas dos incêndios, manteve em funcionamento, entre os dias 17 e 23 de junho, equipas de técnicos para prestarem atendimento e acompanhamento social nos concelhos abrangidos pelos incêndios, com maior incidência nas zonas mais afetadas com perda de vidas humanas e de bens pessoais e de subsistência.
"As equipas de apoio funcionaram junto dos centros de acolhimento de emergência nas zonas mais fustigadas, no distrito de Leiria, concretamente nos concelhos de Pedrógão Grande, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos e Ansião, tendo este apoio sido posteriormente alargado ao distrito de Coimbra, às populações de Góis e Pampilhosa da Serra", sublinha.
A Segurança Social adianta que este apoio social foi reforçado em virtude da especial situação de vulnerabilidade das populações afetadas, sendo que contempla atendimento permanente (por marcação ou espontâneo), avaliação diagnóstica das necessidades, dos danos e das perdas, acompanhamento regular sempre que se justificar ou for solicitado para as situações sinalizadas.
É ainda feita uma avaliação e atribuídos subsídios e prestações sociais e familiares, com apoio no preenchimento de requerimentos, visitas domiciliárias sempre que se justificar (em articulação com as autarquias, GNR, IPSS e saúde) e encaminhamento e articulação interinstitucional no âmbito da rede local de intervenção.