Linha de cessação tabágica está concluída e arranca até final do mês
“Toda a arquitectura do algoritmo e a arquitetura técnica necessária ao arranque da linha de cessação tabágica está feita, do nosso lado temos tudo disponível, afirmou o administrador da Linha Saúde 24, Luís Pedroso Lima, acrescentando carecer apenas da parte da Direcção-Geral da Saúde (DGS) para pôr o serviço em operação.
O responsável explicou que o atraso no arranque da linha se deveu à época gripal, que colocou sobre a linha “uma pressão elevada”, considerando que não era “prudente” pressionar ainda mais a linha, quando se estava a viver uma situação de alguma anormalidade em termos de atendimento, “um atendimento que foi muito mais exigente do que é tradicionalmente na linha”.
Em Novembro do ano passado, o secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde anunciou que este serviço da Saúde 24 de apoio à cessação da tabágica iria iniciar-se em Janeiro deste ano.
“Aguardo a qualquer momento que a DGS me diga para pormos a linha de cessação tabágica no ar, do ponto de vista operacional nós temos as condições de o pôr no ar imediatamente”, frisou.
Contactada, a DGS escusou-se a avançar uma data concreta, afirmando apenas que a linha começará a funcionar até ao final do mês.
Este serviço vai funcionar obedecendo aos principais normativos da Organização Mundial da Saúde (OMS), que prevê que a linha não seja apenas de aconselhamento e encaminhamento, mas que tenha uma atitude pró-activa e faça ela própria chamadas de acompanhamento da evolução e dependência tabágica do utente até o levar a deixar de fumar.
Aos colaboradores da linha podem inclusivamente recomendar o uso de pastilhas ou pensos de nicotina, desde que a situação clinica do utente o permita, ou então encaminharem o utente para a marcação de uma consulta de cessação tabágica para que o médico lhe possa prescrever medicação, nos casos em que o utente afirme necessitar de apoio terapêutico.
Uma das possibilidades em estudo pelo Ministério da Saúde é a da comparticipação destes medicamentos no âmbito das consultas de apoio à cessação tabágica na Linha saúde 24, como forma de incentivo e de compensação, a todos os fumadores que se mantenham a ser seguidos neste serviço.
Luís Pedroso Lima considera que “seria extremamente favorável” que esta medida fosse aplicada, já que as experiências internacionais demonstram um aumento de mais de 40% de eficiência da linha com comparticipação de medicamentos.