Jovens dos países mais pobres mais vulneráveis
Em geral, as tabaqueiras expõem a população dos países com menos recursos económicos a uma publicidades mais intensa e agressiva que aos que vivem em países com um nível de vida superior, revela o relatório.
O estudo, que começou em 2005, é o primeiro a comparar os níveis de publicidade das tabaqueiras em 16 países.
A data de início do estudo coincide com a entrada em vigor da Convenção Marco sobre o Tabaco, que, entre outros aspetos, inclui estritos controlos à publicidade de cigarros.
Os dados mostram que apesar das proibições, a publicidade continuar a ser um aspeto chave da adesão de novos fumadores.
Os anúncios dirigem-se especialmente a jovens, já que está demonstrado que se forem submetidos a uma maior publicidade, começam a fumar antes e continuam a fazê-lo em adultos.
Uma maneira de atrair consumidores mais jovens é a forma como se vende o produto, já que segundo o relatório, nos países mais pobres mais de 64% das lojas selecionadas vendem cigarros a avulso, muito acima dos quase 03% de estabelecimentos que o fazem nos países desenvolvidos.
Esta fórmula de venda permite que as crianças e adolescentes os comprem por menos dinheiro, já que não têm de comprar um maço completo.
Por outro lado, o relatório destaca uma descida na venda de tabaco nos países desenvolvidos.
Entre 2009 e 2012, observou-se que as nações mais pobres têm 81 vezes mais publicidade nas ruas que as mais avançadas.
Os peritos da OMS alertam que a publicidade é uma “ameaça iminente”.