Investigadores procuram voluntários para estudo sobre o impacto do envelhecimento na função cerebral
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Em concreto, a equipa coordenada por Maria Ribeiro, do Grupo Vision, Brain Imaging and Cognitive Neuroscience, liderado por Miguel Castelo-Branco, solicita a colaboração de voluntários, de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 20 e os 30 anos e os 55 e 70 anos, da região de Coimbra.
O objetivo deste estudo, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), é descobrir o que muda no nosso cérebro que nos torna mais lentos à medida que envelhecemos, abrindo caminho para o desenvolvimento de terapias que visam diminuir o impacto da idade na nossa cognição.
Com o envelhecimento “os nossos reflexos tornam-se mais lentos. Esta lentificação dos movimentos está associada à perda de qualidade de vida e ao declínio cognitivo associados à idade. No entanto, os mecanismos cerebrais que causam esta lentificação nas pessoas mais velhas ainda estão por explicar”, afirma a coordenadora do estudo, iniciado há um ano, Maria Ribeiro.
Numa primeira fase, esclarece a investigadora do Instituto de Imagem Biomédica e Ciências da Vida (IBILI), “serão usadas técnicas não invasivas, como a eletroencefalografia, a pupilografia e o eletrocardiograma, que permitem estudar o estado e o funcionamento cerebral durante o desempenho de tarefas motoras, e assim perceber como o cérebro muda com o avançar da idade”.
Numa segunda fase do estudo, “as alterações cerebrais serão localizadas usando imagens cerebrais adquiridas por ressonância magnética. Numa terceira fase, serão testados fármacos com o intuito de perceber se é possível que um sénior volte a ter os reflexos de um jovem adulto”, conclui Maria Ribeiro.
Os voluntários podem inscrever-se e obter toda a informação através dos contactos: 239 480088 / 915234593 e, e-mail, [email protected].