Injectar um gene no músculo cardíaco pode substituir o “pacemaker”
Se for demonstrado que o gene é eficaz em humanos e que não tem efeitos secundários, os cientistas esperam que possa um dia possa vir a substituir os pacemakers.
“Este avanço significa uma nova era para a terapia génica, em que os genes já não serão usados para corrigir uma deficiência, mas para operar uma mutação numa célula, a fim de curar uma doença”, declarou Eduardo Marban, director do Instituto Cardíaco Cedars-Sinai, dos EUA, e principal autor do estudo.
É a primeira vez que uma célula cardíaca foi pré-programada num organismo animal para tratar uma doença, afirmou Marban.
A terapia génica tem sido encarada como um domínio prometedor, mas perigoso, sobretudo depois dos primeiros testes conduzidos em humanos, nos anos 90, muitos dos quais mortais.
Segundo o investigador, o recurso a um vírus modificado como vector do gene deverá reduzir os riscos habitualmente associados à terapia génica, como uma reacção imunitária letal ou a formação de um tumor, mas reconheceu que são necessárias mais pesquisas.