Região Centro

Início da formação de 106 internos de medicina geral e familiar

A região Centro vai ter este ano 106 novos internos de medicina geral e familiar em formação, foi anunciado na sessão de receção aos clínicos, em Coimbra.

O número de clínicos de medicina geral e familiar, que agora iniciam a formação em diversas unidades de saúde da região, representam um aumento de “mais de 30% em relação ao ano anterior” (em que começaram a formação 81 licenciados) e também um grande esforço.

Mas esse esforço, que está “definido e estruturado”, tem de “ser feito, para preparar o futuro”, disse Rui Nogueira, coordenador do Internato de Medicina Geral e Familiar da Zona Centro, que falava naquela sessão, que decorreu na tarde de ontem no auditório do Polo B da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra.

Como no país, a formação de novos médicos em medicina interna e familiar “tem vindo a crescer na região Centro e fazemos questão que assim continue a ser por mais um ou dois anos”, mas, depois, “não faz sentido” manter essa tendência, sustentou Rui Nogueira.

De acordo com as projeções, em 2021 (altura em que grande parte dos médicos que agora começam a formação deverão entrar em funções), Portugal deverá debater-se com falta de clínicos desta área, já que esse ano coincide com “um pico de aposentações de médicos” atualmente em funções, sublinhou.

O presidente da ARS, José Tereso, apelou aos novos médicos que, durante a formação, sejam persistentes e alertou para as “muitas dúvidas que, ao longo do tempo” lhes irão surgir, mas assegurando que terão sempre “os responsáveis ao seu lado”.

“É difícil hoje ser médico”, advertiu José Tereso, reconhecendo, no entanto, que “hoje é muito difícil [exercer] qualquer profissão”.

Carlos Cortes, presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos sublinhou a importância do papel do interno e do médico de família, desde logo por ser o primeiro a contactar e o clínico mais próximo do doente.

A exigência destas funções impõe que o médico seja também muito exigente para com os responsáveis e os serviços, advertiu.

Fonte: 
LUSA
Nota: 
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