Ingestão de ómega 3 pode reduzir comportamentos agressivos
O estudo liderado por Jill Portnoy, da Universidade de Massachusetts Lowell, nos Estados Unidos, demonstrou que a suplementação com aquele tipo de ácido gordo essencial reduziu os casos de mau comportamento nas crianças.
Segundo o mesmo estudo, escreve o Sapo, esse efeito benéfico traduziu-se num outro: os pais das crianças discutiram menos entre si e usaram vocabulário menos ofensivo graças ao bom comportamento dos descendentes.
"Esta linha de investigação é promissora porque os ácidos gordos ómega 3 são considerados como melhoradores da saúde cerebral em crianças e adultos. Há mais benefícios a conhecer, mas se conseguirmos melhorar a saúde cerebral e o comportamento nesse processo é realmente uma grande vantagem", comentou Jill Portnoy num comunicado daquela universidade.
Segundo a nota, este novo estudo constitui um exemplo de como a análise de fatores biológicos e sociais poderá ajudar a explicar comportamentos de risco.
Natureza versus cultura?
O trabalho aborda questões chave como o debate "natureza versus cultura": existe ou não predisposição genética para se ser criminoso? Ou serão apenas fatores sociais, como uma família disfuncional, a aumentar esse risco?
"A minha teoria é que uma baixa frequência cardíaca em repouso poderá ser um traço adquirido, adaptativo: se se é sujeito a stress crónico ou frequente em criança, adaptamo-nos baixando a frequência cardíaca. A baixa frequência cardíaca em repouso protege-nos contendo a nossa reação perante eventos stressantes, mas pode conduzir-nos a comportamentos de procura de estimulação", diz Jill Portnoy.
"Ou seja, um ambiente stressante pode causar alterações fisiológicas que conduzem a um aumento dos comportamentos agressivos e impulsivos", explica a autora por outras palavras.
O estudo foi publicado na revista científica "Aggressive Behavior".