“A Importância do exercício físico e da alimentação para os doentes com leucemias e linfomas”
Estas são questões cada vez mais atuais numa altura em que os doentes com leucemia, linfoma ou outras situações semelhantes, ultrapassam a fase aguda da doença e conseguem evoluir para uma situação de cronicidade.
São vários os estudos que demonstram que o exercício físico de intensidade moderada, quando praticado de forma regular por doentes oncológicos, produz efeitos benéficos na saúde. O exercício promove um aumento da força e massa muscular, melhorias na função cardiovascular, funciona como protetor ósseo, melhora a flexibilidade/mobilidade e o condicionamento físico geral, que por vezes se encontra bastante diminuído devido ao tratamento a que o paciente é submetido. O exercício físico atua ainda de forma eficaz no bem-estar psicológico, funcionando como uma terapia não farmacológica no combate à depressão e ansiedade.
Adicionalmente, o exercício ajuda a controlar flutuações de peso, uma vez que o ganho de peso durante e após tratamento aumenta o risco da recidiva do cancro, particularmente no cancro da mama, colon e próstata. Quanto mais rapidamente se iniciar o exercício melhor, pois permitirá ao paciente sentir mais rapidamente os efeitos positivos que este induz. Por exemplo, o fortalecimento dos músculos resulta numa significativa diminuição na incidência de linfedema.
E a alimentação, além de ser necessária para satisfazer as nossas necessidades diárias também pode ajudar a ter uma saúde melhor? De facto esta ideia não é recente, há mais de 2500 anos Hipócrates, pai da medicina, dizia “que o vosso alimento seja o vosso primeiro medicamento”. Hoje sabe-se que a alimentação previne doenças, contribui para a melhoria da qualidade de vida, ajuda a tolerar melhor os tratamentos do cancro e os seus efeitos colaterais, diminui o risco de infeções, melhora a cicatrização e ajuda a controlar o peso corporal.
Uma alimentação saudável deve ser equilibrada, completa e variada. Deve, por isso, privilegiar o consumo de fruta e hortícolas, cereais e derivados e água, ter um consumo moderado de carne, peixe e lacticínios e limitar o consumo de gorduras.
A “Associação Portuguesa de Leucemias e Linfomas” (APLL) tem como principal objetivo apoiar os doentes e os seus familiares, com informação adequada a cada tipo de doença maligna do sangue. É também missão da APLL informar a sociedade civil, através de campanhas de divulgação e artigos de opinião sobre estas doenças.
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