II Encontro de Medicina Interna do CHVNGE
A gestão das doenças crónicas, o risco vascular e a medicina personalizada serão os temas em destaque no II Encontro de Medicina Interna do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia e Espinho (CHVNGE), que vai decorrer nos dias 5 e 6 de dezembro no Villa Sandini Hotel, em Vila Sandim. Sendo a Medicina Interna o tronco comum das especialidades médicas, este encontro vai privilegiar a troca de conhecimentos com especialistas provenientes de outros sectores da medicina.
Relativamente às doenças crónicas, que afectam mais de metade da população portuguesa, Vitor Paixão Dias, Director do Serviço de Medicina Interna do CHVNGE e presidente deste Encontro, defende que “as que mais preocupam o Serviço de Medicina Interna dentro da área de referência do Hospital, são as doenças cerebrovasculares, a insuficiência cardíaca, as síndromes demenciais, a doença pulmonar crónica obstrutiva com comorbilidades, as complicações de longo prazo da diabetes mellitus, a insuficiência hepática crónica, entre outras. É, portanto, vasto o leque patológico e abrangência das nossas preocupações. Neste momento a infecção pelo VIH, embora sendo uma doença transmissível, é também uma doença crónica que é seguida na nossa Instituição, por equipa multidisciplinar que inclui Internistas e Infecciologista”.
O especialista refere ainda que “neste II Encontro vamos dar particular destaque à Hipertensão Arterial, que é o principal factor de risco modificável de mortalidade à escala mundial (nas sociedades de rendimento per capita mais elevado está em segundo lugar, atrás do tabaco) e ao Acidente Vascular Cerebral (AVC) nas vertentes da prevenção e de alguns aspetos do tratamento. O AVC continua a ser a primeira causa de morte em Portugal e está intimamente relacionado com a hipertensão arterial e o seu controlo”.
Já o tema da Medicina Personalizada, foi escolhido porque “a medicina duma maneira geral está já a viver um período de transição entre a medicina baseada na evidência, que obviamente vai continuar a ser muito importante, para uma medicina personalizada, onde a qualidade do serviço prestado, a farmacogenética e o acesso a redes de informação, por exemplo, vão ter um papel fulcral”, explica Vítor Paixão Dias.
Além de promover o debate de temas científicos e clínicos, este encontro vai ainda premiar o melhor trabalho selecionado, de todos os posters apresentados em formato electrónico.