Investigação com resultados promissores

iBET participa em ensaio clínico inovador que utiliza células estaminais para tratamento do enfarte do miocárdio

O Consórcio que integra o iBET - Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica, liderado pela Profª Paula Alves, acaba de divulgar os resultados de final de primeiro ano deste que é o primeiro ensaio clínico Europeu que utiliza células estaminais cardíacas humanas para o tratamento de pacientes com enfarte agudo do miocárdio. O ensaio clínico que decorre em Espanha e na Bélgica é inovador, assinalando a reta final do projeto de investigação europeu CARE-MI - CArdio Repair European Multidisciplinary Initiative.

“Foi com grande entusiasmo que recebemos os primeiros resultados clínicos dos pacientes injetados com células estaminais cardíacas no ensaio clinico CARE-MI. Estes resultados de 12 meses de follow-up poderão ajudar a compreender o verdadeiro potencial desta terapia celular junto de milhares de pessoas que sofrem enfarte do miocárdio e insuficiência cardíaca, duas das principais causas de mortalidade nos países desenvolvidos”, refere Paula Alves, CEO do iBET e investigadora principal do iBET no CARE-MI.

Após a infusão com as células estaminais cardíacas, os 55 pacientes que estão envolvidos no ensaio clínico têm vindo a ser acompanhados durante este último ano, com uma avaliação mensal durante o primeiro semestre e trimestral na última metade do ano.

Os resultados agora obtidos são extremamente promissores, não tendo sido registados quaisquer efeitos adversos ou de rejeição nos pacientes.

O principal foco deste ensaio de fase I/II recaiu na segurança e viabilidade do uso deste tipo de células, no entanto, foi igualmente possível observar no sub-grupo de maior risco (pior prognóstico) uma regeneração muito significativa do músculo cardíaco. Estes resultados abrem caminho a um estudo e acompanhamento mais dirigido deste tipo de pacientes e reforçam a expectativa de que a terapia com células estaminais cardíacas humanas se pode tornar numa terapia inovadora e mais eficaz para este tipo de doentes cardíacos.

“Estes resultados clínicos não só abrem portas para novos estudos em grupos mais específicos de doentes, como reforçam as nossas expectativas de que esta terapia reúne as condições necessárias para avançar para comercialização porque é económica e logisticamente viável, estará amplamente disponível para aplicação e será também compatível com os padrões atuais de tratamento clínico e, por isso, de fácil aplicação”, sublinha a investigadora.

Fonte: 
Liftconsulting
Nota: 
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