Hospital Barreiro/Montijo tem doentes nos corredores
O sindicato adianta, em comunicado, que a administração decidiu internar doentes nos corredores dos serviços, salientando que não está garantida “a privacidade, dignidade e segurança dos utentes”.
“Perante o ambiente desumano e caótico que tem vivido o Serviço de Urgência, em particular do Hospital do Barreiro, o Conselho de Administração decidiu dissimular a situação e passou os doentes dos corredores do Serviço de Urgência para os corredores dos serviços de internamento”, refere-se no documento.
O sindicato sublinha que a decisão merece “o repúdio dos profissionais”, quando consultados sobre esta decisão. “Ainda assim, a administração procedeu à abertura de camas extra-lotação em detrimento do reforço das equipas e do aumento da capacidade de internamento. Os enfermeiros estão a proceder à denúncia destas situações nos vários serviços onde têm ocorrido, no estrito cumprimento do seu código deontológico e na defesa dos doentes”, acrescenta.
O conselho de administração disse que o sindicato está a “gerar alarmismos despropositados e desnecessários” e explicou que procura definir e implementar as medidas adequadas à máxima rentabilização dos recursos existentes em todo o Centro Hospitalar.
“Confirmamos a implementação de um plano de reorganização do Serviço de Urgência e gestão de camas do Centro Hospitalar exactamente pela preocupação com a melhoria da resposta de forma integrada e articulada, para o doente em situação urgente ou emergente ou para o doente que necessita de internamento ou outras respostas de âmbito hospitalar”, explica a administração, em comunicado. A administração refere que procedeu a um alargado processo de consulta, com envolvimento dos vários profissionais, cujos contributos estiveram na base do seu plano. “Este plano passa várias medidas organizativas internas com o objectivo de garantir a melhoria do atendimento dos doentes nomeadamente no que diz respeito à sua privacidade, considerando-se a indicação para em situações extraordinárias e para evitar a prologada estadias de doentes em macas nos corredores da urgência, a possibilidade de internamento em camas extras nos serviços”, concluiu.