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A História do álcool

Atualizado: 
18/01/2019 - 15:32
Registos arqueológicos revelam que, os primeiros indícios sobre o consumo de álcool pelo Homem datam de aproximadamente 6000 a.c.. Um hábito antigo que tem persistido por milhares de anos.

O consumo de álcool deve ser tão antigo como a própria humanidade, já que até os primatas tentam ou, inclusivamente, conseguem fermentar fruta, com que produzem leves intoxicações. O álcool – etanol - pode ser produzido pela fermentação do açúcar existente em produtos de origem vegetal, frutos, caules e raízes ou produzido por destilação.

A emergência do álcool em (quase) todas as civilizações parece ser uma consequência da revolução neolítica da produção massiva de matérias-primas, como a cevada, uvas e outros frutos, e do avanço das novas tecnologias de fermentação, em especial a dorna com separadores.

A técnica para produzir álcool destilado deve-se aos árabes, mas o seu desenvolvimento industrial começou nos países cristãos do mediterrâneo a partir do século XII, ficando a tecnologia perfeitamente desenvolvida e implantada no resto da Europa no século XIV.

Quando, posteriormente, se inicia a expansão europeia, o álcool torna-se num produto comercial de primeira ordem, seguramente dos que mais lucro produz no momento da criação de um mercado mundial. Isto é possível porque os produtos destilados europeus (aguardente, rum e genebra em especial) são produtos muito estáveis, que não são afectados pelo transporte nem pelo tempo e que concentram um enorme potencial psicoactivo que lhes permite substituir, dado os baixos custos, as produções locais de fermento. Os destilados convertem-se, assim, num dos primeiros mercados mundiais.

Mais tarde, já no século XIX, fenómenos como a industrialização, o desenvolvimento das comunicações e das tecnologias, que permitiram a estabilidade dos destilados, expandem ainda mais este mercado, que alcança um protagonismo definitivo, ao mesmo ritmo em que se vai desenvolvendo a sociedade de consumo no século XX.

No entanto, à medida que cresce o consumo, aumentam os problemas relacionados com estes produtos, e é neste mesmo século que surgem tentativas para a redução da sua presença na sociedade, a proibição nos Estados Unidos, nos anos 20, e as campanhas de prevenção, a partir dos anos 60, nos países desenvolvidos.

Fonte: 
Instituto da Droga e da Toxicodepência
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
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