Guiné-Bissau vai receber 1 milhão de euros em 2015 para prevenção
O financiamento é suportado a 75% pela União Europeia (UE), cabendo os restantes 25% ao Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) - que vai executar as acções.
O dinheiro vai servir para campanhas de prevenção, compra e instalação dos equipamentos de higiene e saneamento e apoio às equipas de resposta rápida deslocadas no terreno.
Está também previsto apoio psicossocial e nutricional a eventuais doentes e às respectivas famílias, além de pesquisa e seguimento dos contactos epidemiológicos e apoio às equipas encarregadas de organizar funerais dignos e seguros.
As actividades estão integradas no plano do Governo da Guiné-Bissau de prevenção do Ébola.
Entre outras acções, as autoridades têm reforçado o controle das fronteiras e a vigilância nas comunidades locais, para além de distribuírem meios de protecção individual por várias unidades de saúde do país.
"Tendo em conta as consequências negativas que uma eventual epidemia de Ébola poderia causar na conjuntura actual do pais, a UE quer apoiar as autoridades nos seus esforços para assegurar a estabilidade necessária para relançar a economia e desenvolver o capital humano de forma sustentável e inclusiva", refere a delegação da UE em comunicado.
A epidemia de Ébola na África Ocidental, a pior desde 1976, já provocou, pelo menos, 8.300 mortos em 21.000 casos identificados. A Serra Leoa, Libéria e Guiné-Conacri, que faz fronteira com a Guiné-Bissau a leste e a sul, são os países mais afitados.
Epidemia travada em Junho na Libéria se 85% dos infectados receber tratamento
A epidemia do Ébola poderá ser travada em Junho na Libéria, caso se mantenham os cuidados e tratamentos hospitalares para 85% dos infectados, revela uma investigação norte-americana hoje divulgada na revista PLOS Biology.
Nas últimas semanas, tem vindo a reduzir-se o número de casos na Libéria, um dos países mais afectados pela epidemia, prevendo-se a reabertura das escolas já no próximo mês, depois de meio ano encerradas devido ao surto de febre hemorrágica.
Segundo o estudo realizado nas universidades da Georgia e Pensilvânia e citado pela Agence France Press (AFP), o fim da mortalidade poderá estar à vista, caso continue a tendência de melhor internamento e cuidados preventivos.
John Drake, professor associado na Universidade da Georgia e investigador principal, afirmou que a epidemia poderá ser contida dentro de cinco meses caso se mantenha a percentagem de 85% de hospitalizações: “É uma possibilidade realista não é uma conclusão precipitada”, garantiu, sublinhando que “é preciso garantir o actual nível de vigilância”.
O estudo teve em conta factores como a localização da infecção e tratamento, o desenvolvimento da capacidade do hospital e da adopção de práticas de enterro seguros.
Só na Libéria já morreram 3.496 pessoas infectadas pelo vírus e, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). Globalmente, o Ébola provocou 8.235 mortes e mais de 20 mil pessoas foram já infectadas – a sua maioria na Libéria, Guiné-Conacri e Serra Leoa.