A partir de abril

Governo repõe 25% de horas extra a todos os médicos

O Governo comprometeu-se com os sindicatos médicos a repor 25% das horas extraordinárias a partir de abril a todos os profissionais de saúde e a negociar para que a reposição total ocorra até ao fim do ano.

Segundo o presidente do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), Roque da Cunha, esta foi uma das conclusões da reunião que decorreu ontem entre as organizações sindicais médicas e o Ministério da Saúde.

Os médicos estavam desde 2012 com um corte de 50% das horas extraordinárias e tinham a expetativa de que os 25% fossem repostos para todos os médicos.

Contudo, após uma diploma que definia a reposição apenas para os profissionais que fazem urgência externa, as organizações médicas ameaçaram avançar com uma greve caso não fosse reposto para todos os profissionais.

Na reunião, segundo o presidente do SIM, o Governo comprometeu-se a repor mais 25% (até se atingir 75%) das horas extra a todos os médicos e ainda a negociar para que até fim de dezembro deste ano estejam repostos os restantes 25%, alcançando a totalidade.

De acordo com o sindicalista, a reposição do pagamento de horas extra será, segundo o compromisso do Ministério, para todos os profissionais de saúde e não apenas para médicos.

Apesar de registar que houve um progresso, Roque da Cunha lamentou que o Governo prefira gastar dinheiro com empresas prestadoras de serviços do que repor mais rapidamente as horas extraordinárias dos médicos.

Segundo o Sindicato Independente, que esteve reunido em conjunto com a Federação Nacional dos Médicos, o Ministério da Saúde comprometeu-se ainda a negociar um pacote global de reivindicações.

Para isso, no dia 21 de março haverá outra reunião no Ministério da Saúde.

O Sindicato Independente dos Médicos propõe também que os participantes do Fórum Médico voltem a encontrar-se ainda este mês.

O Fórum Médico, constituído por sindicatos, Ordem dos Médicos e várias organizações de profissionais de saúde, tem exigido ao Governo que melhore o acesso aos cuidados de saúde e as condições de trabalho dos profissionais.

Segundo o presidente do SIM, na reunião, além dos elementos dos sindicatos, estiveram os dois secretários de Estado do Ministério da Saúde e elementos da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS).

Fonte: 
LUSA
Nota: 
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