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Glossário de Oncologia

Atualizado: 
15/09/2014 - 16:41
Fique a saber o significado dos termos técnicos mais utilizados nesta especialidade médica.
Oncologia

A

Abdómen: área do corpo humano situada entre o tórax e as virilhas, onde se encontram órgãos como o estômago, intestino (delgado e grosso), fígado, pâncreas, vesícula, rins, baço, entre outros.

Adenocarcinoma: cancro ou neoplasia maligna do tecido epitelial (como a pele e “revestimento” das paredes internas dos órgãos), com origem no tecido glandular.

Adenoma: tumor benigno, constituído por tecido glandular.

ADN (ou DNA): ácido desoxirribonucleico; está presente no núcleo das células e é constituído por longas cadeias em dupla hélice, que constituem o código genético.

Agressivo: forma de classificação de alguns tipos de tumor (ex: linfoma não Hodgkin), regra geral classificados como sendo de crescimento rápido.

Aguda: situação clínica ou doença que surge subitamente e que tem curta duração.

Alopécia: queda do cabelo e/ou pêlos; pode estar associada a diferentes causas, incluindo os tratamentos para o cancro (ex: quimioterapia e radioterapia).

Analgésico: medicamento ou fármaco utilizado para o alívio da dor.

Androgénios: hormonas do sexo masculino, produzidas essencialmente pelos testículos e, em pequenas quantidades, pelas glândulas supra-renais.

Anemia: afecção em que o organismo não produz uma quantidade suficiente de glóbulos vermelhos ou de hemoglobina, tendo como resultado a diminuição da capacidade de transporte de oxigénio para os tecidos; principais sintomas: palidez, cansaço e “palpitações”.

Angiogénese: processo pelo qual um tumor forma novos vasos sanguíneos, que utiliza para obter os nutrientes de que necessita para se desenvolver e crescer.

Anorexia: alteração física ou psicológica caracterizada pela perda do apetite.

Antiandrogénio: medicamento ou fármaco que bloqueia a acção dos androgénios (hormonas do sexo masculino).

Anticorpo monoclonal: proteína sintética pura, produzida em laboratório, preparada expressamente para reconhecer e fixar-se a um alvo específico, na superfície das células tumorais, permitindo a sua destruição; corresponde aos chamados “tratamentos alvo”.

Anticorpos: proteínas especiais produzidas pelas células do sistema imunitário que intervêm e cooperam no combate às infecções.

Antiemético: medicamento ou fármaco utilizado para prevenir ou tratar as náuseas e vómitos.

Antifúngico: medicamento ou fármaco utilizado no tratamento de infecções causadas por fungos.

Antigénio específico da próstata: proteína específica encontrada na próstata, também designada por PSA, cujo nível no sangue pode estar aumentado em alguns homens com hiperplasia benigna da próstata ou com cancro da próstata.

Antigénio: qualquer proteína estranha específica (ex: proteína existente na superfície de bactérias, de vírus, de outros organismos infecciosos, de células tumorais, de células estranhas ao organismo) que “provoca” a estimulação do sistema imunitário; o antigénio pode ser uma proteína natural ou sintética.

Apoptose: processo normal que conduz à morte programada das células.

Arritmia: irregularidade, mais ou menos persistente, do ritmo cardíaco.

Ascite: presença de líquido, em quantidade aumentada, na cavidade peritoneal.

Assistente social: profissional apto para ajudar na resolução de dificuldades sociais, institucionais e familiares, servindo o melhor interesse do doente; apoia principalmente famílias com baixos recursos, famílias disfuncionais ou famílias que tenham que lidar com pessoas dependentes (na preparação da alta hospitalar, na obtenção de apoios locais, nos transportes, no acompanhamento, etc.).

B

Baço: órgão que faz parte do sistema imunitário; está localizado na região superior esquerda do abdómen, atrás do estômago.

Bactéria: vasto grupo de organismos microscópicos constituídos por uma única célula; muitas bactérias podem provocr doenças nos seres humanos.

Benigno: termo utilizado para descrever um tumor que não é cancro, ou seja, que não tem características de malignidade: não invade nem destrói os tecidos vizinhos; não tem capacidade para metastizar.

Bexiga: reservatório músculo-membranoso, situado na bacia, que recebe a urina vinda dos ureteres e procede ao seu lançamento na uretra.

Biópsia com agulha fina: ver citologia aspirativa por agulha.

Biópsia: intervenção cirúrgica destinada à colheita de um fragmento de tecido; o tecido é, posteriormente, examinado ao microscópio para identificação da sua natureza, benigna ou maligna.

Bioterapia: tipo de tratamento que estimula o sistema imunitário ou utiliza anticorpos ou outros meios para combater as doenças malignas.

Braquiterapia: implante temporário e directo, no tumor, de uma substância radioactiva.

Broncoscopia: exame dos brônquios e das suas ramificações por introdução, por via oral ou nasal, de um tubo fino, flexível e com um dispositivo de iluminação, que permite ver e biopsiar o interior dos brônquios, aplicar próteses, etc.

C

Cancro refractário: cancro que não responde a um determinado tratamento; nestes casos, poderá administrar-se outro tratamento.

Cancro: grupo de doenças inúmeras doenças que se caracterizam pelo crescimento anómalo e descontrolado de células e que levam, normalmente, à formação de caroços ou tumores. Existem mais de 100 doenças classificadas como cancro: a sua designação depende do órgão ou tipo de células de origem, ou seja, onde se desenvolve.

Carcinogénio: qualquer agente ou susbtância que pode provocar cancro, acelerar o seu desenvolvimento ou alterar a incidência numa população.

Carcinoma in-situ: tumor maligno em fase precoce, localizado e sem invasão dos tecidos adjacentes.

Carcinoma: tumor maligno desenvolvido a partir de células epiteliais, ou seja, células que revestem os órgãos em contacto com o meio externo. Aproximadamente 80% dos tumores malignos são carcinomas.

Cardiomiopatia: afecção do músculo cardíaco que o torna menos capaz de bombear o sangue, eficazmente, para todo o organismo.

Catéter venoso central: tubo inserido numa veia de grande calibre (ex: na veia cava superior no tórax); permite a administração de medicação e de soros possibilitando, também, a colheita de sangue, sem necessidade de “picar” constantemente as veias do doente.

Célula B: tipo de glóbulos brancos envolvidos no combate às doenças; um dos dois principais tipos de linfócitos - células B (ou linfócitos B) -, estão implicados na produção de anticorpos, em resposta aos antigénios.

Célula T: tipo de glóbulo branco implicado no combate a infecções e doenças; as células T são um dos dois principais tipos de linfócitos. Ao contrário dos linfócitos B, as células T matam directamente as células tumorais e as células infectadas por vírus.

Célula: unidade de construção de todos os órgãos e tecidos (ex: coração, pulmões, sangue e pele); é no núcleo das células que está guardado o código genético (ADN ou DNA), que codifica as diferentes proteínas do organismo.

Células estaminais: células progenitoras ou células-mãe capazes de se auto-regenerar e de regenerar os tecidos; na medula óssea, dão origem a todas as células do sangue (glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas).

Ciclo de tratamento: sequência completa de determinada terapêutica, frequentemente repetida (ex: o tratamento completo com quimioterapia pode implicar seis ciclos)

Cintigrafia óssea: exame de imagem que dá informação sobre o esqueleto ósseo e que poderá diagnosticar lesão tumoral ou degenerativa (ex: artrose). Também pode ser usada para avaliar a resposta ao tratamento.

Cistite: infecção da bexiga.

Cisto ou quisto: estrutura arredondada, em forma de saco fechado, que contém produtos líquidos ou semi-sólidos (fluidos).

Citologia aspirativa por agulha: exame realizado através da aspiração de uma amostra de células ou de fluido por meio de uma seringa e uma agulha fina; a amostra é sujeita a um exame microscópico para a determinação da sua origem (ex: células tumorais).

Citostáticos: medicamentos ou fármacos utilizados para parar a proliferação e o crescimento de uma célula tumoral.

Citotóxico: medicamentos ou fármacos utilizados para matar as células (ex: quimioterapia).

Classificação TNM: sistema para classificar os tumores: (T= tamanho do tumor, N= envolvimento ganglionar e M= metastização à distância). O objectivo desta classificação é determinar a extensão da doença, para avaliar o prognóstico e escolher o tratamento indicado.

Colonoscopia: exame realizado através da introdução de um tubo fino, flexível e munido de um dispositivo de iluminação, por via rectal, até ao cólon. Permite a visualização deste órgão para identificação de tumores, pólipos, etc.

Colostomia: cirurgia para criação de uma abertura entre o intestino e a pele do abdómen. As fezes são deste modo eliminadas para bolsas descartáveis, de fácil adaptação e de uso muito confortável.

Colposcopia: exame à vagina e ao colo do útero, para visualização directa, com procedimentos semelhantes à colonoscopia, utilizando neste caso um dispositivo de acesso chamado colposcópio.

Conferência familiar: reunião dos membros da equipa de saúde com o doente (se desejável e possível) e com os seus familiares, visando a revisão do plano de tratamento, a resolução de conflitos ou de sintomas aflitivos ou de falhas assistenciais, a prevenção da claudicação familiar (internando temporariamente o doente para descanso dos cuidadores), etc.

Consentimento informado e esclarecido: acto pelo qual o doente assume o direito legal de governo de si e do seu corpo (a sua autonomia), uma vez bem informado e completamente esclarecido, aceitando ou rejeitando as medidas ou os tratamentos propostos pelo médico. Pode ser escrito ou verbal.

Consulta multidisciplinar: consulta que envolve as várias disciplinas implicadas em cada (revisão do) plano terapêutico e em cada (nova) deliberação, conduzida normalmente pelo médico assistente; pode ou não ser efectuada na presença do doente (e sua família). A decisão deve ser explicada ao doente (ou a um seu representante legal), para obtenção do consentimento.

Contagem de glóbulos brancos e fórmula leucocitária: número de glóbulos brancos (leucócitos) existentes numa amostra de sangue e suas proporções. Os glóbulos brancos combatem as infecções.

Contagem de plaquetas: número de plaquetas (também denominadas trombócitos) existentes numa amostra de sangue. As plaquetas são células que participam na coagulação do sangue.

Corte de congelação (também designado exame extemporâneo): congelamento e corte de uma amostra de tecido, logo após a sua excisão, seguido de exame microscópico para detecção de células cancerígenas.

Corticosteróides: medicamentos ou fármacos utilizados no tratamento da inflamação grave.

Criocirurgia: destruição das células por congelamento rápido. Cuidador principal ou prestador de cuidados principal: Indica a pessoa não profissional (familiar ou não familiar) que tem a seu cargo o doente dependente (normalmente no domicílio, em medicina paliativa), o seu acompanhamento, os cuidados básicos, a administração do tratamento, etc., sob orientação da equipa de saúde (domiciliária).

Crónico: situação que se mantém, evolui ou progride durante um período prolongado de tempo.

Cuidados paliativos: São os cuidados globais ministrados aos doentes com doença avançada, já não susceptível de cura, e incluem uma boa comunicação, o respeito da vontade do doente, o tratamento eficaz da dor e de outros sintomas físicos e psicológicos e o apoio à família, visando a dignidade no período final da vida. Constituem um direito.

Cura: significa que não foram detectados indicadores da presença de doença no organismo e que passou tempo suficiente para que a probabilidade de recorrência seja muito pequena.

D

Densitometria: imagem do tecido ósseo que pode mostrar áreas de rápido crescimento, como as células malignas. Para obter estas imagens, é injectada uma substância radioactiva na corrente sanguínea. Esta substância revela as áreas de rápido crescimento; através de um scanner, essas áreas são delimitadas e identificadas.

Depressão da medula óssea ou mielodepressão: situação em que a medula óssea produz poucas células sanguíneas devido a uma doença, a um tratamento (ex: medicamentos citostáticos) ou a uma toxina.

Derrame pleural: presença de líquido na membrana que reveste o pulmão.

Diafragma: músculo localizado abaixo dos pulmões: separa o tórax do abdómen e “ajuda” na respiração.

Diferenciação: o grau de diferenciação celular permite avaliar o grau de malignidade da doença.

Disuria: dificuldade em urinar.

Doença de Hodgkin: tipo de tumor do tecido linfático (linfoma), caracterizado pelo aumento de volume dos gânglios linfáticos, baço e/ou outros órgãos. Os sintomas mais comuns incluem febre, perda de peso, fadiga e suores nocturnos.

Doença residual mínima: avaliação em que poucas células tumorais permanecem no organismo, depois do tratamento.

Doença residual: células tumorais que permaneceram no organismo, depois do tratamento.

Doença sistémica: doença que afecta todo o organismo e não apenas um órgão.

Doença terminal: fase terminal da evolução de uma doença crónica e incurável, incluindo em geral os últimos seis meses de vida.

E

Ecografia: exame efectuado com ultra-sons que permite observar e criar imagens de partes do organismo, nomeadamente da forma e da actividade de órgãos internos (exemplo do coração: ecocardiografia).

Edema linfático: inchaço numa região drenada por vasos e gânglios linfáticos que se encontram bloqueados ou foram extraídos.

Edema: inchaço de uma parte do organismo devido a retenção de fluidos.

Efeitos secundários ou efeitos adversos: sinais ou sintomas resultantes de tratamentos, tais como a perda de cabelo, as náuseas e os vómitos.

Electrocardiograma (ECG): exame que regista os impulsos eléctricos produzidos pelo coração durante o seu funcionamento.

Electrólitos: substâncias, tais como o potássio e o sódio, que desempenham um papel importante na manutenção do equilíbrio dos fluidos e no funcionamento das células e dos órgãos.

Endoscopia: exploração visual realizada através da introdução de um tubo fino, flexível e com um dispositivo luminoso, para observação interna de órgãos em actividade in vivo.

Enema baritado: exame radiológico do intestino grosso realizado através da introdução, por via rectal, de uma solução espessa e leitosa destinada à opacificação do intestino grosso.

Ensaio clínico: utilização experimental, em voluntários, de um determinado medicamento ou tratamento, de um meio de diagnóstico ou de um dispositivo biológico. Num ensaio clínico de um novo tratamento, é efectuado o estudo controlado dos seus efeitos – eficácia e segurança – e, muitas vezes, o tratamento experimental é comparado com um tratamento padrão. O tratamento administrado ao doente pode ser definido de forma aleatória. Em qualquer ensaio clínico, o participante, voluntário, é informado sobre os possíveis benefícios e riscos da sua participação e assina um documento de consentimento – consentimento informado. Os ensaios clínicos são uma forma muito importante de avançar com o conhecimento científico, quer nas diferentes patologias (ou doenças), quer nos potenciais tratamentos ou abordagens terapêuticas.

Equivalência clínica: condição de validação clínica e ética dos ensaios clínicos; consiste na comparação entre o melhor tratamento disponível e o tratamento inovador que se espera que produza melhores resultados.

Eritrócitos: ver “glóbulos vermelhos”.

Escroto: pele ou bolsa que envolve os testículos.

Esofagite: inflamação ou irritação da mucosa do esófago.

Esplenectomia: cirurgia efectuada para extrair o baço.

Estadio: sistema de classificação dos tumores, em função da sua extensão e da sua disseminação pelo organismo.

Estoma: abertura para o exterior de uma cavidade do organismo (ex: estoma da colostomia).

Estomatite: inflamação da boca; pode ser causada pelo tratamento com citostáticos ou com radiações.

Estrogénio: designação das hormonas sexuais femininas produzidas nos ovários e, em menor quantidade, no tecido adiposo (gordura).

Exame laboratorial das fezes: exame para detectar alterações na composição das fezes (incluindo a possível presença de sangue).

Excisão alargada: procedimento cirúrgico de remoção de uma área ampla adjacente a um tumor ou a um tecido lesionado.

Excisão ou exérese: remoção de um tecido ou órgão através de um acto cirúrgico.

Expectoração: secreções produzidas pelos brônquios.

F

Fármaco: medicamento.

Farmacogenética, farmacogenómica: disciplina de investigação que procura correlacionar a actividade dos genes (ou do genoma) e a sensibilidade ou a resistência aos fármacos.

Febre neutropénica: aumento da temperatura corporal (>38ºC), associada à diminuição dos glóbulos brancos (neutropenia) aptos para combater infecções (granulócitos neutrófilos, pertencentes à família dos leucócitos).

Fístula: formação de um orifício ou de um trajecto entre duas áreas do organismo. Por exemplo, dá-se o nome de fístula anal ao orifício ou trajecto que se forma entre o recto e uma zona circundante do ânus.

Flebite: inflamação de uma veia, que cursa com dor e inchaço local.

Fotossensibilidade: aumento de sensibilidade traduzida em alterações da pele após exposição à luz. É frequente nas áreas submetidas a radioterapia e pode ser desencadeada pela administração de vários medicamentos, incluindo citostáticos.

Fractura patológica: fractura espontânea ou causada por um traumatismo mínimo num osso fragilizado pela presença local de lesões neoplásicas ou osteoporóticas.

Futilidade: tratamento fútil ou tratamento inútil é aquele que não cumpre os objectivos para os quais foi prescrito e não melhora a situação clínica do doente, podendo ao invés prolongar o seu sofrimento, dificultando o controlo e a paliação dos sintomas físicos ou psicológicos.

G

Gânglio linfático: tem uma forma arredondada; contém linfócitos. Os gânglios linfáticos funcionam como “filtros” de substâncias estranhas ao organismo.

Gástrico: relativo ao estômago.

Genes: material genético (ADN) responsável pela transmissão hereditária (de pais para filhos) de uma característica morfológica ou biológica (genotipo é o património genético do indivíduo; fenotipo é a sua expressão em interacção com o meio ambiente, designadamente o ambiente celular).

Genoma: conjunto do património genético de um organismo.

Glóbulo branco: tipo de célula sanguínea envolvida no sistema imunitário; os linfócitos são uma forma específica de glóbulo branco.

Glóbulos vermelhos (eritrócitos): células sanguíneas responsáveis pelo transporte de oxigénio pelo sangue a todo o organismo.

GVHD (doença do enxerto contra o hospedeiro): resposta "inflamatória" que ocorre quando as células da medula óssea de um dador (enxerto) reagem contra as células do doente receptor (hospedeiro), e contra as suas células tumorais.

H

Hematócrito (Hct): quantidade de glóbulos vermelhos existentes no sangue em percentagem de plasma.

Hematologista: médico especializado no tratamento de problemas e doenças do sangue, dos gânglios linfáticos e da medula óssea.

Hematúria: presença de sangue na urina. Pode ser macroscópica, quando visível a “olho nu” ou microscópica, quando apenas visível ao microscópio.

Hemoglobina (Hb): proteína dos glóbulos vermelhos responsável pelo transporte de oxigénio para as células do organismo.

Hemograma: contagem do número de glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas numa amostra de sangue.

Hepático: relativo ao fígado.

Hipersensibilidade: reacção alérgica a um medicamento.

Hormonas: substâncias químicas, produzidas por diversas glândulas, que circulam no organismo, regulando e integrando o funcionamento dos tecidos e o crescimento e a reprodução do organismo.

I

Ileostomia: intervenção cirúrgica para criação de um ânus artificial com o intestino delgado; as fezes passam a ser eliminadas para sacos fechados, aderentes à pele do abdómen (ver colostomia e estoma).

Implante de catéter subcutâneo: (ver catéter venoso central)

Imunidade (sistema imunitário): sistema de identificação e de defesa do organismo contra doenças, infecções, moléculas ou tecidos estranhos.

Imunodepressão (semelhante a imunossupressão): situação em que o sistema imunitário se encontra debilitado ou deprimido, mais apto a tolerar elementos estranhos e menos capaz de combater as infecções ou de resistir às doenças; ocorre após os citostáticos e na infecção pelo VIH/SIDA.

Imunossupressão: ocorre quando o sistema imunitário está debilitado e não consegue reagir, adequadamente, a agentes estranhos ao organismo.

Imunoterapia: ver bioterapia.

Incidência: número de novos casos de uma doença, reportados numa população, num determinado período de tempo (regra geral, 1 ano).

Incisão: secção das partes moles feita com instrumento cortante

Incontinência: incapacidade de controlar os reflexos de esvaziamento do recto ou da bexiga, algumas vezes devido a uma perturbação no próprio órgão, mas mais vulgarmente por falta de coordenação do sistema nervoso devida, por exemplo, a lesão cerebral ou à senilidade

Injecção: introdução de um medicamento ou de um líquido no organismo por meio de uma agulha e seringa, pelas vias:

Intramuscular: no músculo.

Intravenosa: na veia.

Insuficiência cardíaca congestiva (ICC): situação clínica caracterizada por uma diminuição da eficácia do coração, como bomba, causando deficiente irrigação pelo sangue e insuficiente chegada de oxigénio e nutrientes aos tecidos.

L

Laringectomia: extracção cirúrgica da laringe em todo ou em parte.

Lesão: qualquer alteração numa estrutura do organismo ou de um tecido, causada por um ferimento ou por uma doença (por exemplo, por um carcinoma).

Leucemia: doença maligna dos glóbulos brancos do sangue.

Leucemia aguda: doença maligna de progressão rápida em que se verifica imaturidade dos glóbulos brancos e impossibilidade de desempenho das funções normais.

Leucemia crónica: doença maligna de progressão lenta em que se verifica menor imaturidade e maior longevidade dos glóbulos brancos, possibilitando o desempenho de algumas funções normais.

Leucopénia: diminuição do número de glóbulos brancos.

Linfa: líquido que circula dentro dos vasos linfáticos, contendo linfócitos e outras substâncias.

Linfócitos: tipo de glóbulos brancos que reagem activamente quando expostos a substâncias estranhas ao organismo ou a agentes infecciosos. Há duas principais famílias de linfócitos, B e T.

Linfoma não Hodgkin: grupo de doenças malignas do sistema linfático (por exemplo, linfoma B de grandes células).

Linfoma: doença maligna do sistema linfático, caracterizada pela formação de "massas tumorais" nos gânglios ou nódulos linfáticos.

Leucemia: O organismo produz uma grande quantidade de células sanguíneas anormais, por imaturidade ou por longevidade aumentada.

M

Maligno: significado semelhante a “cancro” ou “neoplasia maligna”. Tumor que tem a capacidade de invadir e destruir os tecidos adjacentes disseminando-se, depois, para outras partes do corpo.

Mamografia: exame radiológico da mama.

Marcadores tumorais: substâncias produzidas por algumas células cancerígenas; podem estar presentes nos tecidos, no sangue ou na urina de doentes com cancro. No entanto, também podem ser produzidos em situações benignas, tal como nos processos inflamatórios e, como tal, originar “falsos positivos”.

Mastectomia Radical: excisão ou remoção total da mama.

Mastectomia: excisão ou remoção cirúrgica da mama.

Mediastino: região do tórax onde se encontram alguns órgãos como o coração, a traqueia, os gânglios linfáticos e outras estruturas. O mediastino situa-se entre os pulmões, o esterno e a coluna.

Medula óssea: tecido de consistência mole e esponjosa que preenche a parte central do osso; nele são formadas, amadurecem (diferenciam-se) e proliferam as células sanguíneas, antes de migrarem para o sangue.

Melanoma: doença maligna das células responsáveis pelo fabrico de pigmento na pele: melanócitos. Muitas vezes, desenvolve-se a partir de um sinal que muda de tamanho, formato ou cor.

Metastização: disseminação de um tumor maligno a partir do local de origem onde se desenvolveu; a metastização pode ser para os gânglios linfáticos regionais e/ou para os órgãos, incluindo órgãos mais distantes do tumor de origem (ex: o cancro da mama pode metastizar para o osso, fígado, pulmão, cérebro, etc.).

Mucosa: membrana que reveste a totalidade ou parte de um órgão que está em contacto com o meio externo (ex: revestimento da boca ou do intestino).

Mucosite: inflamação de uma membrana mucosa.

N

Náuseas: sensação de enjoo ou mesmo vontade de vomitar. A ocorrência de náuseas é muito frequente durante a quimioterapia e/ou radioterapia; este efeito secundário pode ser aliviado com a administração de anti-eméticos.

Neoadjuvante: no caso de tumores iniciais grandes, pode ser útil e necessário fazer algum tratamento, antes da cirurgia, para tentar diminuir o tamanho e “carga” tumoral, possibilitando uma abordagem cirúrgica mais conservadora. Como tratamento neo-adjuvante, pode fazer-se quimioterapia, radioterapia, terapêutica hormonal e imunoterapia, consoante o tipo de cancro.

Neoplasia: crescimento anormal de células, dando origem a um tumor. As neoplasias podem ser benignas, localizadas (in-situ) ou malignas.

Nerve sparing: termo utilizado para descrever um tipo de prostatectomia, em que o cirurgião salvaguarda os nervos que afectam a função sexual e funções relacionadas.

Neutropénia: diminuição do número de glóbulos brancos que combatem a infecção: os granulócitos neutrófilos.

Noctúria: necessidade de urinar, frequentemente, durante a noite.

Nódulos axilares: nódulos ou gânglios linfáticos situados nas axilas.

Nódulos linfáticos: centenas de pequenos órgãos, também denominados gânglios, em forma de feijão, localizados em áreas específicas do sistema linfático. Produzem células linfáticas e actuam como "filtros", identificando e destruindo agentes estranhos e micróbios; tamvém as células tumorais ou cancerosas que “viajam” no sistema linfático, podem ser "retidas" nos gânglios linfáticos.

Nutricionista: profissional que dá conselhos alimentares aos doentes.

O

Oncogene: gene que pode estar associado ou ser responsável pela “transformação” maligna de células.

Oncologia ou cancerologia: estudo e tratamento das doenças malignas.

Oncologista ou cancerologista: médico especializado no tratamento de doenças malignas.

Orquiectomia: cirurgia para remoção dos testículos.

P

Paliativo: tratamento cujo objectivo é tentar controlar e parar a “evolução” do tumor, bem como aliviar (ou paliar) os sintomas da própria doença, numa tentativa de melhorar a qualidade de vida da pessoa; não se destina a curar a doença. Quando o cancro está metastizado, considera-se que qualquer tratamento efectuado terá um intuito paliativo e não curativo.

Paracentése: punção da cavidade abdominal, através de uma agulha especial, para retirar líquido que nela se acumulou anormalmente (ascite).

Patologia: estudo microscópico de amostras de fluidos ou de tecidos do organismo, para diagnóstico de alterações tecidulares ou celulares, de natureza inflamatória, degenerativa ou tumoral. O médico especialista denomina-se patologista.

Patologista: médico especialista em “Anatomia Patológica”, que analisa as amostras no laboratório, ao microscópio.

Pélvis: cavidade óssea da bacia.

Perfusão endovenosa: introdução ou administração de um medicamento ou outro líquido na circulação sanguínea, através de uma veia.

Placebo: “medicamento” normalmente utilizado em ensaios clínicos comparativos, composto por substância inerte, ou seja, sem princípio activo.

Plaqueta: tipo de célula sanguínea, também denominada trombócito, que desempenha um papel essencial na coagulação do sangue.

Plasma: parte líquida do sangue, onde se encontram em suspensão as células sanguíneas.

Polipo: saliência de uma membrana mucosa. Os polipos podem localizar-se ao nível do intestino, vesícula, garganta, etc.

Polipose adenomatosa familiar (PAF): doença de carácter hereditário que provoca o crescimento de polipos no cólon. Se não forem detectados e removidos, por vezes estes polipos crescem e tornam-se malignos.

Prevalência: número de casos de uma doença, existentes na população, num determinado momento. À semelhança da incidência, os dados sobre a prevalência de cancro são mantidos numa base regional ou nacional.

Prognóstico: previsão do risco evolutivo de uma doença.

Próstata: órgão glandular masculino situado na junção da bexiga e da uretra, e cujos canais lançam uma secreção (líquido prostático) que facilita o movimento dos espermatozóides.

Prostatectomia perineal: cirurgia para remover a próstata, através de uma incisão realizada entre o escroto e o ânus.

Prostatectomia: remoção cirúrgica de parte da próstata ou da sua totalidade.

Proteína: grande família de moléculas que formam um importante bloco de construção do organismo humano. Os anticorpos são uma forma de proteína.

Prótese: aparelho para substituir parte ou a totalidade de um órgão ou de um membro (ex: uma mama, um braço ou uma perna).

Protocolo: plano de tratamento.

Prurido: também designado por comichão.

PSA (antigénio específico da próstata): substância produzida de forma natural pela próstata; no entanto, a sua produção pode estar aumentada em algumas doenças, como tumores e infecções da próstata, ou em infecções urinárias do homem. A análise do PSA é útil para ajudar o médico a detectar os tumores da próstata, bem como a eficácia dos tratamentos utilizados.

Punção aspirativa de medula óssea: procedimento efectuado com anestesia local e através de uma agulha, inserida na zona mais espessa do osso ilíaco da bacia, para colheita de uma pequena amostra de medula, para posterior exame microscópico.

Punção pleural: drenagem de fluidos acumulados na cavidade pleural que reveste o pulmão (ou drenagem de derrames)

Q

Qualidade de vida: expressão utilizada para descrever a qualidade das condições de vida de uma pessoa, tendo em conta factores como a saúde, a educação, o bem-estar físico, psicológico, emocional e mental, bem como a expectativa de vida. A qualidade de vida pode ser avaliada de uma forma mais vasta e, dessa forma, englobar e considerar, ainda, outros factores como a família, os amigos, o emprego e outras circunstâncias da vida.

Quimioterapia: a quimioterapia consiste na utilização de fármacos para tentar matar as células tumorais. A quimioterapia pode ser constituída por um único fármaco ou por uma associação de fármacos (situação mais frequente). A quimioterapia pode ser administrada oralmente (em comprimidos), ou através de uma injecção intravenosa (i.v.), na veia; em qualquer dos casos, os fármacos entram na corrente sanguínea e circulam por todo o organismo - terapêutica sistémica. Regra geral, a quimioterapia é administrada por ciclos de tratamento, repetidos de acordo com um esquema específico que varia, consoante o tipo de cancro e seu tratamento.

R

Radiografia (raio-X): método que utiliza níveis baixos de radiação para visualizar os ossos e alguns órgãos internos.

Radiologista (imagiologista): médico especializado em métodos de diagnóstico por imagem, como a radiografia, a ecografia, a TAC, a ressonância magnética nuclear (RMN), etc.

Radioterapeuta: médico especializado em radioterapia.

Radioterapia: tipo de tratamento do cancro – oncológico – que utiliza diferentes fontes de radiação.

Recidiva: reaparecimento de um tumor maligno, depois de ter sido tratado. A recidiva pode ocorrer pouco tempo depois do tratamento ou anos mais tarde.

Recorrência: semelhante a “recidiva”.

Recto: parte terminal do intestino grosso.

Regime: definição do(s) fármaco(s) utilizado(s) para tratar uma doença, bem como a sua forma e frequência de administração.

Regressão: diminuição do tamanho, volume e/ou da massa celular do tumor.

Remissão parcial: também denominada resposta parcial; significa que há diminuição, sem desaparecimento completo, da massa tumoral, depois de administrar determinado tratamento.

Remissão completa: também denominada resposta completa; significa que não há manifestações clínicas da doença detectáveis. Uma remissão completa inclui a ausência de manifestações clínicas, imagiológicas e laboratoriais. Uma remissão muito prolongada pode significar que a doença está “curada”.

Renal: relativo ao rim.

Resistência a fármacos: surge quando os fármacos (ex: citostáticos) deixam de actuar e perdem a sua eficácia; nestes casos, as células malignas “sofrem” mecanismos de adaptação molecular à entrada ou acção destes fármacos.

Resposta: avaliação do efeito de um determinado tratamento, numa doença. Pode haver vários tipos de resposta: resposta completa (RC), resposta parcial (RP), doença estável (DE) e progressão da doença (PD).

RMN (ressonância magnética nuclear): exploração dos órgãos internos, por meio de ondas magnéticas, que criam imagens muito precisas dos tecidos.

S

Sarcoma: tumor maligno com origem nas células dos tecidos de suporte, como o osso, a cartilagem, a gordura, os ligamentos.

Sinal: qualquer evidência da presença de uma perturbação ou doença, ainda que possa não ser sentida pelo doente (ex: alteração observada numa radiografia ou durante um exame médico).

Sintoma: sensação ou alteração sentida por um doente, relacionada com uma doença.

Sintomas colinérgicos: sintomas resultantes da libertação de acetilcolina, pelo sistema nervoso. Entre estes sintomas contam-se as náuseas, os vómitos, a sudação, a diarreia, as cãibras, a “coriza” (nariz a pingar) e a salivação. Estes sintomas podem ser prevenidos pelo uso de medicamentos anti-colinérgicos, como a “Atropina”.

Sistema imunitário: sistema responsável pelas defesas do nosso organismo contra infecções e outro tipo de doenças, como o cancro. Actua por acção de células específicas, que reagem de forma genérica, a substâncias ou organismos estranhos que entram no organismo, e de células que podem produzir uma resposta mais específica a um organismo estranho ou a uma célula danificada.

Sistema linfático: rede de vasos e gânglios linfáticos utilizados pelos linfócitos, ao circularem no organismo. As células cancerosas também podem recorrer a esta “via” para viajarem e para se disseminarem pelo organismo: metastizarem.

Sistémico: significa que afecta todo o organismo.

Sistema genito-urinário: sistema responsável pela reprodução e depuração ou eliminação de substâncias, através da urina.

Subcutânea: no tecido que se encontra por baixo da pele.

T

TAC (tomografia axial computorizada): estudo computorizado radiográfico que cria imagens, em cortes do órgão examinado, em diferentes camadas, para adquirir um formato tridimensional.

Terapêutica biológica: tratamento com substâncias “modificadoras da resposta biológica”, ou seja, que estimulam o sistema imunitário para combater a doença com maior eficácia; também denominado imunoterapia.

Terapêutica hormonal: tratamento que evita o recurso às hormonas naturais do organismo, masculino e feminino, que as células cancerosas necessitam para o seu desenvolvimento. A terapêutica hormonal pode actuar de diferentes formas e através de mecanismos de acção variáveis.

Terapias alternativas: terapêuticas que não são consideradas pela comunidade médica como cientificamente comprovadas. Ver “terapias complementares”.

Terapias complementares: tratamentos ou técnicas de intervenção que acompanham as terapêuticas oncológicas tradicionais e cuja utilidade pode estar ou não cientificamente comprovada (ex: técnicas de visualização, massagens, ioga, etc.).

Terminal: estadio ou fase de uma doença que indica que o doente tem uma curta esperança de vida.

Teste à LDH: teste simples que mede a quantidade de uma enzima denominada lactatodesidrogenase (LDH) no sangue. Há situações em que o resultado deste teste pode indicar a actividade da doença e sua disseminação no organismo (ex: linfoma não-Hodgkin).

Teste de Papanicolaou: exame microscópico das células colhidas no colo do útero, para despiste precoce do cancro.

Testes de função hepática: análise relativamente simples para medir diversas substâncias no sangue, e que avalia o funcionamento do fígado.

Testes de função renal: análise simples ao sangue e à urina para medir diversas substâncias e avaliar o funcionamento dos rins.

Timo: órgão localizado na parte superior do tórax, que pertence ao sistema imunitário.

Tipagem HLA: análise ao sangue, para estudar a compatibilidade entre o sangue, os órgãos ou os tecidos do dador e os do doente.

Tomografia de emissão de positrões (PET): tomografia computorizada utilizada no diagnóstico de doença maligna metabolicamente activa.

Toque rectal: técnica em que se insere um dedo (com luva lubrificada) no interior do recto, para detectar alterações na próstata ou no recto.

Tórax: região do corpo acima do diafragma e abaixo do pescoço, onde se encontram os pulmões, o coração e outros órgãos.

Toxicidade: “danos” causados pelos efeitos secundários de um determinado tratamento.

Trânsito baritado: estudo radiológico precedido pela ingestão de uma solução espessa e leitosa, denominada bário, destinado à exploração do aparelho digestivo.

Transplante alogénico: quando as células utilizadas para substituir os tecidos danificados do doente (neste caso, a medula óssea) provêm de um dador compatível (ex: um familiar, geralmente irmão ou irmã, ou um não-familiar).

Transplante autólogo de medula óssea: administração das células de medula óssea normais do próprio doente, após doses elevadas de quimioterapia; estas células são recolhidas antes da administração da quimioterapia.

Transplante autólogo de células estaminais do sangue periférico: colheita e administração de células-mãe, ou células estaminais normais de medula óssea, circulantes no sangue periférico do próprio doente, após adequada estimulação.

Transplante de medula óssea: “administração” de uma quantidade extra de células normais de medula óssea, para reconstituição da medula do doente após tratamento com doses elevadas de quimioterapia:

Tratamento local: é qualquer tratamento que remove ou "destrói" as células do cancro, no local, ou seja, no próprio local do tumor primário (ex: cirurgia e radioterapia). Se o cancro estiver disseminado (metastizado) noutras zonas do corpo, a terapêutica local pode ser usada apenas para controlar a doença, nessa área específica, mas não noutros locais do organismo.

Tratamento sistémico: é qualquer tratamento que "entra" na corrente sanguínea, com o objectivo de "destruir" ou controlar o cancro em todo o organismo (ex: quimioterapia, terapêutica hormonal e imunoterapia). Há casos em que a terapêutica sistémica é administrada para diminuir o tamanho do tumor, antes da cirurgia ou da radioterapia, para que a intervenção seja menos extensa - tratamento neo-adjuvante. Noutros casos, a terapêutica sistémica é administrada depois da cirurgia e/ou da radioterapia, para prevenir que alguma célula cancerígena tenha permanecido no organismo e possa ser responsável pelo reaparecimento do cancro – recidiva da doença. Os tratamentos sistémicos também são usados no cancro metastizado.

Trombocitopénia: diminuição do número de plaquetas (ou trombócitos) no sangue.

Tumor benigno: aglomerado anormal de células, mas sem capacidade de invadir e metastizar, portanto sem capacidade de se espalhar pelo organismo.

Tumor maligno: tumor constituído por células tumorais, células não controladas, em proliferação ou em paragem da maturação ou em supressão da senescência e da morte; têm capacidade de invadir os tecidos normais e de se disseminarem pelo organismo.

Tumor primitivo: designação do tumor inicial ou do local onde, inicialmente, se desenvolveu o tumor.

Tumor: massa de células em proliferação ou multiplicação; pode ser benigno ou maligno.

Tumorectomia: excisão ou remoção cirúrgica de um tumor e de uma quantidade mínima do tecido adjacente (“margens”). É um tipo de cirurgia muito usada no tratamento conservador do cancro da mama.

U

Ultra-sonografia: técnica que utiliza ondas de som, que não são perceptíveis ao ouvido humano, para produzir imagens do interior do organismo. As imagens criadas por computador, analisam os ecos produzidos pelas ondas de som emitidas pelos tecidos.

Ureterostomia: intervenção cirúrgica para incisão dos canais que transportam a urina, dos rins para a bexiga (ureteres), e criação de uma abertura directa no abdómen, com o objectivo de eliminar a urina para uma bolsa especial.

Uretra: canal por onde sai a urina, da bexiga para o exterior.

Urologista: especialista em urologia: área da Medicina que trata do aparelho urinário e doenças relacionadas.

V

Vacina: “substância” criada com o objectivo de provocar uma resposta do sistema imunitário a uma doença ou tumor.

Vasos linfáticos: vasos onde circula a linfa.

VEGF (factor de crescimento vascular endotelial): substância produzida pelo organismo que estimula o crescimento dos vasos sanguíneos. Alguns tumores produzem grandes quantidades de VEGF e formam novos vasos sanguíneos, para obtenção dos alimentos (nutrientes), necessários ao seu desenvolvimento e crescimento.

Virilha: região do corpo abaixo do abdómen e acima das pernas. Corresponde à zona onde se encontram os órgãos sexuais e as ancas.

Vírus: partícula infecciosa que pode causar uma doença (ex: o vírus da gripe).

Voluntário: cidadão que, voluntariamente, ou seja, de livre vontade, e depois da apropriada formação e integração na equipa médica, se dedica a visitar e acompanhar os doentes e suas famílias, contribuindo com a sua presença para evitar o abandono do doente.

Fonte: 
Sociedade Portuguesa de Oncologia
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
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