Em São Tomé e Príncipe

Fundo Global doa 5 milhões de dólares para erradicar malária

O Fundo Global anunciou um donativo de cinco milhões de dólares para financiar programas de erradicação do paludismo em São Tomé e Príncipe nos próximos três anos, disse a representante desta instituição, Mamisoa Rangers.

"O Fundo já anunciou a nova subvenção para o país que é de cerca de cinco milhões de dólares (4,42 milhões de euros) para os próximos três anos, de 2015 a 2017", disse Mamisoa Rangers, que se encontra na capital são-tomense para discutir formas de aplicação desta verba.

Desde 2005 que o Fundo Global constituiu-se num dos maiores financiadores dos programas de luta contra o paludismo, tuberculose e HIV/SIDA em São Tomé e Príncipe, colocando à disposição do Governo são-tomense avultadas somas que são geridas pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

Este ano, com vista a preparar um novo programa, o Fundo Global fez deslocar ao arquipélago três representantes para analisar com o Centro Nacional de Endemias são-tomense novas intervenções no combate a malaria.

"O Fundo Global não tem presença no país e depende dos beneficiários para executar as subvenções que acorda. Em São Tomé e Príncipe, o PUND é o beneficiário principal das subvenções acordadas para programas de luta contra HIV, tuberculose e paludismo em São Tomé", disse Mamisoa Rangers, para justificar a presenças de três especialistas do fundo na capital são-tomense.

A reunião multissectorial entre o Governo são-tomense, Fundo Global, PNUD e outros parceiros acontece uma semana depois do início do nono ciclo de pulverização domiciliar com Bendiocard, produto aprovado pela Organização Mundial da Saúde para matar os mosquitos causadores do paludismo.

O paludismo deixou de ser, há mais de cinco anos, a principal causa de mortalidade e morbilidade em São Tomé e Príncipe.

Segundo fonte hospitalar, nos últimos anos não se registou qualquer morte por paludismo, "apesar de alguns casos de internamento para tratamento".

Na ilha do Príncipe, a situação é ainda mais animadora. Desde 2005 que não se regista qualquer caso de mortalidade nem mesmo de internamento.

Fonte: 
LUSA
Nota: 
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