Fórum Saúde para o Século XXI defende nova disciplina de educação para a saúde
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A organização apresenta um conjunto de 10 propostas num documento intitulado “Saúde em Portugal - Que Prioridades?”, desenvolvido em 2016 para "contribuir para a sustentabilidade, equidade e eficiência do sistema nacional de saúde”.
Para a elaboração deste documento foram levadas em conta várias áreas: Financiamento, literacia, organização e investigação.
Os autores, personalidades ligadas à saúde oriundas de várias áreas, defendem a introdução de uma nova disciplina de educação para a saúde e prevenção de comportamentos de risco.
Outra proposta vai no sentido de aumentar a percentagem da despesa pública em saúde, no total da despesa pública (12% em 2013), tendendo progressivamente - máximo de cinco anos - para a média da OCDE (15% em 2013).
A “efetiva separação” entre o financiador e o prestador de cuidados de saúde, “acabando-se com as relações de interdependência, e aplicando-se critérios de avaliação previamente definidos, bem como as respetivas consequências”, assim como a adoção de “modelos de financiamento mais centrados nos resultados em saúde obtidos, do que nos atos realizados” são outras ideias.
O Fórum quer “uma legislação e fiscalidade que contribua para reduzir os fatores de risco e incentive a adoção de estilos de vida saudáveis, nomeadamente no que se refere aos hábitos tabágicos e ao consumo de sal, açúcar e álcool”.
“Garantir o acesso equitativo de todos os portugueses a todas as especialidades médicas, Meios Complementares de Diagnóstico e Tratamento e às inovações terapêuticas” é outra das ideias que o Fórum vai transmitir aos deputados da Comissão Parlamentar de Saúde.
Incentivar a investigação e os ensaios clínicos em Portugal, “especialmente os estudos de iniciativa do investigador” é outra medida proposta pelo Fórum.