Falar da doença psicológica é ainda tabu
Falar do que sentimos é estranho, falar das emoções é muitas vezes interpretado como sinal de fraqueza, e muitas vezes desvalorizado.
Neste sentido é essencial percebermos as necessidades do doente como um todo, física e mental, uma vez que muitas das doenças físicas podem levar a futuras doenças psicológicas e vice-versa. A vivência da doença física pode ser de tal maneira intensa ou traumática que é possível desenvolver, por exemplo, níveis elevados de ansiedade, entre outras patologias do foro psicológico. Por outro lado, as doenças psicológicas podem ser de tal modo incapacitantes, que condicionam a saúde física das pessoas.
É nosso dever, enquanto prestadores de cuidados de saúde psicológica, ajudar estes doentes e familiares a desmistificar a doença psicológica, para que percebam que não estão sozinhos nesta luta. Se nos sentimos de determinada maneira e não conseguimos ultrapassar, não é porque somos fracos, mas sim, porque o que vivemos ou experienciamos é de tal forma intenso e doloroso que nos limita no nosso dia-a-dia.
A propósito deste dia tão importante, devemos parar todos e refletir sobre a importância da nossa saúde física e também da nossa saúde mental. Valorizá-las como um todo e perceber que a doença psicológica é tanto ou mais incapacitante que a doença física.