Sociedade Portuguesa de Angiologia e Cirurgia Vascular

Estudo revela que 97% dos inquiridos tem doença venosa crónica e metade não se trata

Um inquérito realizado pela Sociedade Portuguesa de Angiologia e Cirurgia Vascular em todo o país concluiu que quase todos os inquiridos sofrem de doença venosa crónica há vários anos, metade dos quais com patologia grave não tratada.

Os resultados deste inquérito, realizado em 2015 em todo o país, vão ser apresentados na sexta-feira, nas XX Jornadas Nacionais Patient Care, que decorem em Lisboa.

Para alertar a população para os riscos da doença venosa crónica (DVC), a sociedade portuguesa de cirurgia vascular levou a cabo uma campanha de sensibilização, durante a qual realizou um inquérito, que revelou que 97% dos inquiridos sofre de DVC há vários anos.

Cerca de metade dos doentes identificados na ação tinham patologia grave não tratada, sendo que 53% dos doentes nunca tinha realizado um tratamento dirigido para a doença venosa.

O mesmo estudo concluiu que mais de um terço (37%) destes doentes nunca tinha consultado um médico por causa da doença venosa, indicando como justificação afirmações como: “achei que ia passar”, “pensei que não era importante” ou “achei que o meu médico não ia dar importância”.

O inquérito indica ainda que mais de metade das pessoas (53%) ignora sinais de alerta, como dor nas pernas ou sensação de pernas pesadas, considerando que a doença venosa só se manifesta quando existem sinais visíveis, como varizes e edemas.

A maioria dos inquiridos sofria de elevada sintomatologia, como tornozelos inchados (53%) e pernas pesadas com muita frequência ou constante (65%).

Perante estes resultados, a Sociedade Portuguesa de Angiologia e Cirurgia Vascular (SPACV) considera urgente melhorar a informação sobre esta patologia, prestar maior atenção aos sintomas e também ao tratamento adequado destes doentes.

A doença venosa crónica afeta principalmente mulheres com mais de 40 anos, sendo outros fatores de risco elevados o estilo de vida sedentário há mais de 3 anos, a falta de exercício físico, o excesso de peso e os antecedentes familiares, alerta a SPACV.

Fonte: 
LUSA
Nota: 
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