Uso pode viciar

Estudo aponta elevado consumo de medicamentos para ereção por parte dos jovens

A preocupação em garantir uma ereção na hora do sexo tem levado muitos jovens a usar medicamentos como o Viagra, Levitra e Cialis. Se a curiosidade por experimentar o “doping sexual” não é nova, uma pesquisa recente mostra um elevado consumo entre jovens, uma faixa etária em que são raras as indicações de uso. E o consumo frequente pode levar à dependência.

Entre os homens de 22 a 30 anos que experimentaram os estimuladores nos últimos seis meses, segundo o Diário Digital, um em cada cinco passou a usá-los em todas as relações sexuais. Já entre aqueles que têm de 41 a 50 anos, 44% passaram a usar o medicamento em todas as relações após experimentarem a droga.

Esses são os resultados de um levantamento feito entre Dezembro de 2014 e Janeiro de 2015 com consumidores brasileiros pela farmacêutica GSK, sob encomenda da fabricante de medicamentos Medley.

O urologista Sidney Glina conta que todos os meses recebe jovens que querem parar de tomar o medicamento. Um dos pacientes foi um adolescente de 16 anos que relatou ao médico que ele e os seus amigos “namoravam” com as mesmas meninas e que ele não poderia “falhar”. “Há uma pressão para os homens mostrarem a sua masculinidade, 'comparecer'”, diz.

É exatamente a ansiedade e o medo de falhar que fazem com que muitos comprem o medicamento, e passem a acreditar que não vão conseguir uma ereção sem essa “ajuda". Quando chegam ao consultório, a tarefa do médico é procurar algum problema físico que justifique a indicação do medicamento que trata a disfunção erétil.

E, na maioria dos casos, não há nada além da insegurança e de uma dependência que faz com que o paciente acredite que precisa da droga para conseguir uma ereção - e essa é uma situação que deve ser tratada com ajuda psicológica profissional.

A ansiedade pode levar o corpo a produzir e libertar adrenalina – a hormona que provoca a contração dos vasos -, e aí a ereção não vai acontecer. Muitas vezes o remédio atua apenas como uma "muleta" psicológica, sem efeitos físicos imediatos.

Além da dependência, alguns dos efeitos colaterais físicos que podem atingir os pacientes são dores de cabeça, vista embaçada, dores nas costas e nas pernas, e sensação de nariz entupido.

Fonte: 
Diário Digital
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
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