“Estilo de vida saudável pode estar a “cinco passos de cada um”
“As implicações de uma alimentação desequilibrada são dos problemas com maior impacto na saúde pública em Portugal e é importante para os cidadãos estarem cada vez mais alerta para o benefício de terem uma alimentação saudável”, explica a Bastonária da Ordem dos Nutricionistas, Alexandra Bento, justificando a iniciativa.
O vídeo salienta cinco passos distintos que promovem um estilo de vida saudável. Em primeiro lugar, começa por relembrar da importância de se uma alimentação variada, equilibrada, completa e sustentável. “A Roda dos Alimentos é um instrumento de educação alimentar que todos conhecem e que devemos utilizar como orientador das nossas escolhas alimentares”, salienta a Bastonária, explicando ainda que podem ser efetuadas muitas combinações saudáveis a partir dos sete grupos que a compõem, desde que se respeitem as porções adequadas de cada um.
Reforça-se a importância do cumprimento da máxima “5 porções de hortícolas e fruta por dia”, facilmente colocada em prática através de pequenos gestos como a inclusão da sopa e da fruta nas refeições. O mesmo se passa com as leguminosas, como o feijão, as ervilhas ou o grão-de-bico, que devem ser consumidas diariamente.
As carnes brancas e o pescado devem ser preferidos às carnes vermelhas, que são ricas em gordura saturada e estão associadas ao desenvolvimento de problemas cardiovasculares e de tumores, por exemplo. Quanto ao sal o seu consumo diário nunca deve exceder os 5g, o equivalente a uma colher de chá.
Sustentabilidade é também uma das palavras de ordem do primeiro passo a que o vídeo remete, procurando consciencializar para o seu impacto na qualidade da alimentação e no ambiente envolvente e que estará à disposição das gerações vindouras.
O segundo passo remete para a importância da hidratação, salientando a água como a bebida de eleição. O consumo recomendado é de 1,5l por dia, o equivalente a cerca de 8 copos, e a atenção deve ser redobrada em dias de calor, após a prática de exercício física ou no caso das crianças, dos idosos e das grávidas.
No momento de abordar o terceiro passo, a Ordem dos Nutricionistas procura consciencializar da importância de evitar o desperdício alimentar e da reutilização dos alimentos, através, por exemplo, de novas receitas. Pequenos gestos como aproveitar a parte comestível dos alimentos, cozinhar as quantidades certas ou reutilizar as sobras das receitas podem constituir um contributo significativo para a saúde da população e para a redução da pegada ecológica. O intuito é levar as pessoas a pensar com responsabilidade e consciência na necessidade de zelar pelo futuro das gerações.
Em quarto lugar, a Ordem dos Nutricionistas relembra da importância do controlo do peso, sendo importante que seja pouco variável ao longo dos anos. Em caso de dúvida, o nutricionista ou o dietista representam a melhor fonte de informação que o cidadão pode procurar para se esclarecer.
Finalmente, o quinto passo remete para a importância de combater o sedentarismo, procurando um estilo de vida ativo. Pequenos gestos como passear o cão, ir para o trabalho a pé ou optar pelas escadas ao elevador, poderão fazer a diferença.
A promoção da alimentação saudável em Portugal é uma dos propósitos da Ordem dos Nutricionistas, sendo esta apontada como uma das estratégias que mais poderá contribuir para o crescimento e competitividade económica do país, não só através da melhoria da saúde dos cidadãos mas também pela promoção do desenvolvimento de outros setores como a agricultura, a produção alimentar, o ambiente, a cultura e qualificação profissional.
A alimentação em muito contribui para a prevenção de patologias que, consequentemente, designa uma forma de diminuir a carga de doenças para que o sistema de saúde possa ser comportável, daí que seja necessário que todos sejam sensibilizados para a importância associada ao cumprimento de bons hábitos quotidianos.
A Ordem dos Nutricionistas refere que a ingestão alimentar que resulta de uma interação entre o indivíduo e o ambiente que o rodeia só se melhora modificando as causas que a condicionam e situando o cidadão como parte ativa da sua resolução.
“Temos vindo a percorrer um bom caminho e temos de estar orgulhosos daquilo que tem sido feito em Portugal desde os últimos anos através de programas como o Programa Nacional para a Promoção de uma Alimentação Saudável. O balanço é positivo, sem dúvida, mas também é certo que ainda há um longo caminho a percorrer e que uma boa parte dele envolve a responsabilidade dos cidadãos”, reflete Alexandra Bento.
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Ordem dos Nutricionistas