Especialistas debatem “Envelhecimento e Doenças Reumáticas”
Realiza-se nos dias 10 e 11 de Outubro, a partir das 09h00, no Auditório da Associação Nacional das Farmácias (ANF), em Lisboa, o XVII Fórum de Apoio ao Doente Reumático, este ano sob o tema “Envelhecimento e Doenças Reumáticas”. O Fórum, uma iniciativa da Liga Portuguesa Contra As Doenças Reumáticas (LPCDR), pretende promover a discussão em torno do impacto físico e social do envelhecimento e a sua relação com as doenças reumáticas.
Composto por várias mesas redondas, distribuídas pelos dois dias de evento, o Fórum conta com a presença de inúmeros especialistas, de diversas áreas, que vão discutir de que forma a intervenção pode contribuir para a melhoria da qualidade de vida e da funcionalidade dos doentes reumáticos.
No primeiro dia, entre as 9h e as 18h, os especialistas vão debruçar-se sobre os problemas cardiovasculares, cognitivos e psicoemocionais do envelhecimento, o impacto físico do envelhecimento no aparelho locomotor e a inactividade que lhe está inerente.
No segundo dia serão debatidos aspectos como o envelhecimento saudável, os benefícios da promoção da actividade intelectual e artística no envelhecimento e os benefícios das técnicas de relaxamento e meditação enquanto terapia transpessoal no envelhecimento e nas doenças reumáticas. O Fórum encerra no sábado, às 13h, com um debate sobre as questões relacionadas com o envelhecimento activo e a necessidade de cuidados, equacionados no contexto de uma política de saúde, com abordagem sobre programas nacionais e europeus nesta área.
“É fundamental, num país com uma população envelhecida, como é o caso de Portugal, uma política de saúde centrada na prestação de cuidados aos idosos e que promova a sua actividade diária, o seu bem-estar e qualidade de vida”, refere Augusto Faustino”, reumatologista e Presidente da Direção da LPCDR.
Da Comissão de Honra do XVI Fórum de Apoio ao Doente Reumático fazem parte o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, o Ministro da Saúde, Paulo Macedo, o Director Geral da Saúde, Francisco George, a Presidente da Comissão de Saúde da Assembleia da República, Maria Antónia de Almeida Santos, o Presidente do INFARMED, Eurico Castro Alves, o Director Nacional do Instituto Nacional para a Reabilitação, José Madeira Serôdio, o Presidente da APIFARMA, João Pedro de Almeida Lopes, o Presidente da Associação Nacional de Farmácias, Paulo Duarte, e o Presidente da Sociedade Portuguesa de Reumatologia, João Eurico Cabral Fonseca.
As doenças reumáticas estão entre as doenças mais frequentes no mundo, sobretudo devido ao envelhecimento populacional. Apesar de as doenças reumáticas não serem patologias exclusivas das faixas etárias mais idosas, nem sendo uma inevitabilidade nestas, a prevalência das doenças reumáticas aumenta globalmente com o aumento da idade, tornando-se assim um problema de saúde relevante e muito prevalente nas populações mais idosas.
A cada momento cerca de 2,7 milhões de portugueses, 1 milhão e 700 mil mulheres e 970 homens, sofrem de algum tipo de queixas reumáticas, o que equivale a 25,7% da população.
Sobre as Doenças Reumáticas:
As doenças reumáticas são as doenças e alterações funcionais do sistema musculo esquelético de causa não traumática. Há mais de uma centena de doenças reumáticas, cada qual com vários subtipos, onde se incluem as doenças inflamatórias do sistema musculo esquelético, do tecido conjuntivo e dos vasos, as doenças degenerativas das articulações periféricas e da coluna vertebral, as doenças metabólicas ósseas e articulares, as alterações dos tecidos moles periarticulares e as doenças de outros órgãos e/ou sistemas relacionadas com as anteriores. As doenças reumáticas podem ser agudas, recorrentes ou crónicas e atingem pessoas de todas as idades. As mulheres, sobretudo a partir dos 65 anos, são quem mais sofre com as doenças reumáticas.
Sobre a Liga Portuguesa Contra as Doenças Reumáticas:
A Liga Portuguesa contra as Doenças Reumáticas é uma instituição de âmbito nacional que tem como principais objectivos auxiliar todos os que sofrem destas doenças, contribuir para a sua integração na sociedade, colaborar com outras organizações internacionais suas congéneres e contribuir para a criação e manutenção de centros especializados de diagnóstico, tratamento e recuperação do doente reumático.