Com laboratório que fabrica medicamento

Espanha chega a acordo para tratamento da hepatite C

O Ministério da Saúde espanhol chegou a acordo com o laboratório que fabrica o mais recente medicamento para tratar a hepatite C, que deverá começar a ser coberto pelo sistema público dentro de semanas.

A ministra da Saúde espanhola, Ana Mato, fez o anúncio antes da reunião informal de conselheiros sanitários das comunidades autónomas espanholas, que se realizou hoje em Santiago de Compostela (Galiza). A governante explicou que a proposta seguirá para a Comissão Interministerial de Preços dos Medicamentos na próxima semana.

Após a aprovação, o sofosbuvir, um medicamento de última geração, com elevadas taxas de sucesso no combate à hepatite C, será incorporado na lista dos fármacos financiados pelo serviço público de saúde espanhol, permitindo que os médicos possam prescrevê-lo aos doentes que dele necessitem. Desde 01 de Agosto que outro medicamento, o simeprevir, integra a lista de fármacos para a hepatite C financiados em Espanha.

O tema do tratamento para a hepatite C está na agenda também em Portugal. Depois de, em Julho, o ministro da Saúde, Paulo Macedo, ter considerado o preço pedido pela indústria para o novo medicamento “totalmente imoral”, Portugal apresentou à União Europeia, na segunda-feira, uma proposta para definir um preço máximo para o sofosbuvir.

A proposta de Portugal propõe a fixação do preço do medicamento em 4.151 euros, cerca de 11 vezes menos do que o valor da primeira proposta de preço, apresentada pela farmacêutica americana que comercializa o fármaco (48 mil euros).

A autoridade portuguesa do medicamento (Infarmed) considera que os preços propostos pela indústria farmacêutica constituem uma barreira significativa no acesso ao tratamento dos doentes a nível europeu.

“No sentido de permitir o acesso destes medicamentos aos doentes que deles precisam é necessário encontrar um preço justo e comportável para os sistemas de saúde europeus. Neste sentido, é imprescindível delinear uma estratégia europeia comum que inclua um processo de negociação conjunto com a indústria farmacêutica”, sustenta o Infarmed, na proposta.

 

Fonte: 
LUSA
Nota: 
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