Materiais tóxicos

Escolas substituem estruturas de amianto por materiais inflamáveis

As escolas estão a substituir as coberturas de amianto por painéis que contêm materiais muito inflamáveis, da mesma família dos que foram utilizados na associação recreativa, em Tondela, ou no Edifício Grenfell, em Londres, onde morreram dezenas de pessoas.

Os materiais combustíveis que estão a ser colocados nas escolas são a causa da propagação rápida de incêndios caracterizados pelo elevado número de vítimas mortais, mortes provocadas pela rápida libertação de fumos tóxicos, segundo o jornal "Público".

O jornal noticia que o incêndio na torre de Grenfell, em Londres, que fez mais de 70 mortos em junho de 2017, e o incêndio na Associação Recreativa de Vila Nova da Rainha, Tondela, que provocou oito mortos e 32 feridos, foram alimentados pelo mesmo tipo de materiais combustíveis - os derivados de petróleo.

O Ministério da Educação não revelou especificamente o material utilizado na substituição das coberturas de amianto nas escolas, mas o jornal "Público" diz tratar-se de poliuretano, um componente utilizado no revestimento interior de chapa da cobertura e que é derivado do petróleo.

O poliuretano, também conhecido por PUR, é um material combustível que em certas situações pode ser "altamente inflamável", comenta o engenheiro e investigador principal do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), Carlos Pina dos Santos, ao referido meio.

Na maioria dos estabelecimentos escolares em que é utilizado, o poliuretano está confinado entre duas chapas de metal, nos chamados painéis sanduíche.

Por outro lado, o jornal escreve que ainda não se sabe se as obras de substituição das coberturas de amianto foram fiscalizadas depois da sua conclusão ou se essas fiscalizações cumpriram o que está definido no código de segurança contra incêndios em edifícios.

Fonte: 
Sapo
Nota: 
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