Ébola:

Epidemia pode cortar 2% à economia dos países mais afectados

A epidemia do vírus Ébola pode cortar dois pontos ao crescimento da economia da Libéria, Serra Leoa e Guiné-Conacri, os países mais afectados, segundo um estudo da consultora Teneo Intelligence, divulgado pela agência Bloomberg.

De acordo com os cálculos dos analistas da consultora com sede em Nova Iorque, os custos económicos imediatos da epidemia que assola principalmente estes três países da África Ocidental podem chegar ao equivalente a dois pontos percentuais do Produto Interno Bruto (PIB).

Apesar de nenhuma mina ter sido ainda encerrada, o fecho significaria um abrandamento ainda maior do crescimento, disse a consultora, sublinhando que estes Estados "são muito dependentes de ajuda externa" e que um agravamento da epidemia pode resultar no fecho das operações.

Os exemplos dos efeitos da epidemia que já matou mais de mil pessoas para as empresas e para a economia sucedem-se, desde o abandono das terras por parte dos agricultores até ao adiamento dos planos de expansão da ArcelorMittal, a maior fabricante de aço do mundo, para a Libéria, até ao adiamento de uma emissão de títulos de dívida pública na Serra Leoa e a suspensão da exportação de borracha da Libéria pela empresa da Costa do Marfim Sifca.

 

Jogos da Serra Leoa e Guiné Conacri disputados em campo neutro

A Confederação Africana de Futebol pediu à Serra Leoa e à Guiné Conacri para disputarem os jogos programados para o próximo mês em campo neutro por causa do surto de Ébola que assola os dois países.

Assim, o jogo entre a Serra Leoa e a República Democrática do Congo, aprazado para 10 de Setembro, será realizado no Gana, enquanto a partida que opõe a Guiné Conacri ao Togo não tem ainda definido o local onde será disputada.

A proibição de jogos nos países afectados pelo Ébola, como a Serra Leoa, a Libéria e a Guiné Conacri, será reavaliada em meados de Setembro, informou a Confederação Africana de Futebol, que garante seguir os conselhos da Organização Mundial de Saúde (OMS) no sentido de evitar grandes aglomerações de pessoas susceptíveis de propagar a doença. A OMS apela ainda para que os Estados fronteiriços proporcionem acesso a diagnósticos e garantam intervenção rápida e adequada de técnicos de saúde.

 

Nicarágua vai abrir centro especial para atender potenciais infectados

As autoridades de saúde de Nicarágua anunciaram que vão abrir um centro especializado para atender os doentes suspeitos de estarem infectados pelo Ébola.

“O Ministério da Saúde tem estado a instalar um centro de cuidados para doentes suspeitos (…), no caso de existirem, e de forma a garantir a intransmissibilidade” do vírus, informou a primeira-dama da Nicarágua, Rosario Murillo, aos ‘media’ oficiais.

A também porta-voz do Governo assegurou que as autoridades de saúde “têm vindo a fazer todos os possíveis para estarem preparadas para fazer face ao risco”, encontrando-se actualmente na fase de selecção e formação do pessoal que fará parte da unidade especial.

 

Fonte: 
LUSA
Nota: 
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