Encomenda de 10.000 vacinas contra estirpe do vírus da gripe
As novas vacinas, encomendadas recentemente e ainda sem data para chegarem ao território, pretendem proteger a população de uma mutação do H3N2 que, só na quarta-feira, matou sete pessoas em Hong Kong, de acordo com o jornal South China Morning Post.
Segundo anunciaram os Serviços de Saúde de Macau (SSM), as novas vacinas custaram 500.000 patacas (cerca de 55.000 euros) e vão complementar as 107.000 vacinas já adquiridas para a gripe sazonal, 82.000 destas já administradas, que custaram aos cofres públicos seis milhões de patacas (cerca de 660.000 euros).
No mês de Janeiro, as amostras que os SSM têm efectuado acusaram sete casos de pessoas infectadas com este vírus - apenas um caso foi considerado mais preocupante, de um homem de 68 anos que desenvolveu uma pneumonia.
No que toca à gripe sazonal, os números de Janeiro deste ano são inferiores aos de 2014: 238 contra os 569 no período homólogo, indicaram os serviços.
"A situação não é grave. Há uma tendência activa do vírus e da doença em Macau, mas até agora não se registou nenhum caso grave", garantiu Lam Chong, do Centro de Prevenção e Controlo de Doenças.
Nesta época considerada de pico para a gripe, todos os casos devem ser reportados aos SSM por instituições como escolas ou lares de idosos. Os próprios serviços contactam diariamente os hospitais para assegurar que não se registaram casos que necessitem de exames mais pormenorizados.
Em caso de necessidade de isolamento, os SSM têm 25 camas reservadas e estão a preparar mais enfermarias, informou Cheong Tak Hong, do serviço de pneumologia do Centro Hospitalar Conde de São Januário.
Os SSM explicaram ainda que não serão para já alterados os procedimentos na fronteira, onde habitualmente funciona um sistema de medição de temperatura - qualquer pessoa com a temperatura acima dos 38º é encaminhada para um rastreio médico.
"A [nossa] medida de prevenção não pode ser impedir a sua propagação na fronteira. Actualmente, há medição de temperatura corporal, mas é difícil impedir a propagação de gripe", explicou Lam Chong, defendendo que o importante é antes preparar as instituições médicas para tratar os potenciais doentes.