Em 2050, ninguém com menos de 80 anos morrerá com cancro
A investigação, conduzida pela University College London teve em conta os avanços contínuos na prevenção e tratamento da doença para fazer esta previsão, ao mesmo tempo que aponta uma dose diária baixa de aspirina como a acção mais eficaz de protecção contra o cancro, escreve a revista Visão na sua edição online.
"É realista esperar que em 2050 quase todas as mortes relacionadas com cancro de criança e adultos até aos 80 anos se tenham tornado evitáveis", lê-se no relatório. David Taylor, professor na University College London, considera que "esta é uma projecção do que já está a acontecer".
"O que faz deste um ponte especial na História é que os cancros estão em processo de se tornarem ou preveníveis ou efectivamente curáveis", comenta.
O professor Jack Cuzick, que liderou o estudo, apela aos médicos que se esforcem por assegurar que os seus pacientes tomam diariamente uma dose de 75 mg aspirina, durante uma década, entre os 50 e os 65 anos.
Não fumar e não ser obeso são meios eficazes de reduzir o risco de cancro, lembra o responsável, considerando, no entanto, que aquela dose diária de aspirina é o melhor meio para diminuir o risco da doença.
O uso da aspirina tem sido alvo de vários estudos e discussões entre a comunidade médica e científica, devido ao aumento do risco de hemorragias e úlceras no estômago, mas Cuzick lembra que uma investigação recente concluiu que a aspirina salvava 17 vidas por cada morte que provocava.