Governo dos Açores

Economista indicada para a presidência do Hospital da Terceira

O Governo dos Açores indicou a economista Paula Elsa de Carvalho Moniz para a presidência do Conselho de Administração do Hospital de Santo Espírito da ilha Terceira, na sequência da demissão em bloco dos anteriores membros do cargo.

Segundo uma nota do executivo regional, "o presidente do Governo dos Açores, Vasco Cordeiro, comunicou à Assembleia Legislativa o nome da economista Paula Elsa de Carvalho Moniz para a Presidência do Conselho de Administração do Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira".

"Esta comunicação enquadra-se no âmbito da nova legislação que prevê a audição prévia pelos deputados dos nomes indicados para a presidência de empresas públicas antes de serem nomeados", acrescenta hoje o Gabinete de Apoio a Comunicação Social (GACS) do executivo açoriano.

A economista é "licenciada em Finanças pelo Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras, da Universidade Técnica de Lisboa, tem uma Pós-Graduação em Economia Europeia, pela Faculdade de Economia da Universidade Católica, e uma larga experiência internacional no sector da banca, nomeadamente na Bélgica e na Dinamarca, onde residiu", segundo o Governo açoriano.

"Exerceu, em diversas instituições bancárias nacionais e internacionais, funções dirigentes na área da banca de investimento e empresarial, gestão de empresas e assessoria, gestão de patrimónios imobiliários e mobiliários e relacionamento com o setor da Saúde, entre outras e foi tutora especializada numa associação sem fins lucrativos dedicada à educação e cuidados continuados", acrescenta a informação do executivo.

A demissão em bloco do conselho de administração do Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira terá surgido na sequência de um processo de averiguação de denúncias feitas pelos enfermeiros do hospital sobre o funcionamento da unidade de cuidados intensivos, segundo a Antena 1/Açores.

A Inspecção Regional da Saúde terá detectado a violação de deveres da administração do hospital, quando analisou, por ordem da tutela, o inquérito interno à actuação da unidade de cuidados intensivos.

Contactado pela Lusa, na ocasião, o secretário regional da Saúde, Luís Cabral, escusou-se a prestar declarações, na altura, o mesmo acontecendo com a administração do hospital.

Em fevereiro, os enfermeiros da unidade de cuidados intensivos do hospital entregaram um abaixo-assinado à administração, alertando para a "falta de rigor técnico-científico" e de "princípios éticos e deontológicos" e "redução do investimento terapêutico", entre outras irregularidades, mas só em outubro foi aberto um inquérito interno, depois de o caso ter sido noticiado na comunicação social local.

As denúncias estão também a ser investigadas pelo Ministério Público.

Fonte: 
LUSA
Nota: 
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