Elevados custos

É preciso reforçar o financiamento no combate à hepatite C

Estudo sustenta que o elevado custo associado às novas terapêuticas exige novos modelos de financiamento e negociação.

É necessário aumentar o financiamento para o combate à hepatite C. A recomendação é do Consenso Estratégico para a Gestão da Hepatite C. Ricardo Baptista Leite, coordenador de um estudo, sustenta que o elevado custo associado às novas terapêuticas exige novos modelos de financiamento e negociação, que garantam o acesso aos medicamentos por parte dos doentes.

“Uma vez que estas terapêuticas prometem a cura, o Estado tem de se defender”, começa por dizer à Renascença, lembrando que existem “modelos de partilha de risco em que o Estado apenas paga em função dos resultados”. Por outro lado, devem ser definidos tectos orçamentais. “Que haja esse tecto claramente negociado com a indústria, de modo a garantir que o demais Orçamento do Estado para Saúde não fica prejudico pela introdução desta inovação”.

Ricardo Baptista Leite recorda que hoje em dia o Estado gasta cerca de 16 milhões de euros no tratamento com as terapêuticas disponíveis.

A prevalência estimada da hepatite C situa-se entre 1 e 1,5% da população portuguesa. Estudos internacionais apontam para que possam morrer no país entre 900 e 1.200 pessoas por ano, em consequência de complicações relacionadas com a doença.

Fonte: 
RR
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Foto: 
ShutterStock